Poroshenko afirmou neste sábado que Kiev gastou cerca de 2 bilhões de dólares para aumentar o poder de fogo do exército ucraniano, o equivalente, segundo ele, ao valor de dois porta-helicópteros da classe Mistral, os mesmos que a França construiu para a Rússia e acabou se recusando a entregar. De acordo com ele, desde a assinatura dos acordos de Minsk, o seu governo vem se dedicando a aumentar consideravelmente a capacidade de defesa da Ucrânia, deixando o país em condições de fazer frente ao poder militar russo. Mas alguns fatos recentes, envolvendo principalmente veículos militares, parecem pouco compatíveis com as afirmações do chefe de Estado.
Segundo a mídia ucraniana, grande parte dos armamentos supostamente modernos adquiridos pelo Ministério da Defesa do país, provenientes das fábricas da Carcóvia, se encontram em péssimas condições ou apresentam algum tipo de defeito.
Em maio, por exemplo, o Exército da Ucrânia recebeu 59 caminhões militares novos. Pelo menos 17 destes foram tirados de serviço após uma semana de uso, depois de apresentarem defeitos nos geradores, nas caixas de câmbio, nos eixos dianteiros e nos sistemas de arrefecimento do motor, segundo destacou Yuri Biryukov, antigo assessor de Poroshenko.
Como se já não fosse o bastante, dos 226 caminhões que as Forças Armadas deveriam receber até o final de junho, ainda de acordo com Biryukov, a indústria militar do país só conseguiu entregar 113.
Ao todo, dois terços dos veículos blindados adquiridos pela Defesa ucraniana ao longo do último ano já não estão mais sendo utilizados. Não por conta de danos causados em combate, mas, sim, por causa de defeitos de fabricação.
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