Lavrov: Moscou responderá na mesma moeda ao bloqueio de seus ativos no exterior

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O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante conversa com jornalistas - Sputnik Brasil
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Moscou lutará pelo desbloqueio das contas bancárias de sua missão diplomática na Bélgica e responderá com reciprocidade para a apreensão de seus ativos no exterior, declarou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov, no âmbito do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.

"Estamos tratando de conseguir antes de tudo o desbloqueio das contas bancárias de nossas instituições diplomáticas" – informou Lavrov.

Além disso, o chefe da chancelaria da Rússia destacou em entrevista à televisão russa que Moscou irá responder na mesma moeda à tudo "que está sendo feito contra nós".

"A resposta será recíproca, isso é inevitável" – disse o ministro russo.

"Espero que o bom senso prevaleça pelo menos com relação à embaixada e nossas demais instituições diplomáticas, e que não seja necessário criar a mesma situação para a embaixada da Bélgica na Rússia" – acrescentou o ministro.

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Na quinta-feira, 18, a França e a Bélgica iniciaram a implementação de decisões judiciais voltadas para a apreensão de bens da Rússia em consequência de ações movidas por ex-acionistas da empresa Yukos contra o governo russo, e que obrigam Moscou a pagar uma indenização num valor total de US$50 bilhões aos mesmos. A medida resultou, entre outras coisas, no bloqueio de contas bancárias da diplomacia russa na Bélgica. Além disso, no mesmo dia, as autoridades francesas bloquearam as contas bancárias da agência internacional de informações russa Rossiya Segodnya na França.

Kremlin declarou que as decisões em Haia foram tomadas mediante infrações, e que as mesmas apresentam indícios de caráter político. Foi informado ainda que o caso está sendo tratado por muitos juristas, que irão contestar as decisões das autoridade belgas judicialmente.

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Entre 1996 e 2003 a Yukos foi uma das maiores empresas do mundo, e a maior da Rússia, atuante no setor de extração, transporte, refino e distribuição de petróleo. Foi fundada pelo empresário Mikhail Khodorkovsky na esteira das privatizações estatais russas que tiveram lugar após colapso da União Soviética. Com o passar dos anos, a Yukos tornou-se objeto de disputas judiciais, já que a petrolífera tinha uma dívida de 27,5 bilhões de dólares em impostos atrasados. Em maio de 2005 Khodorkovsky acabou sendo condenado à prisão por sete crimes, incluindo fraude, roubo e sonegação fiscal, e os ativos da empresa acabaram sendo vendidos ao grupo financeiro russo Baikal Finance. A Baikal, por sua vez, foi comprada pela estatal Rosneft em 2007, a Yukos deixando de existir naquele ano.

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