Kiev está pronta a declarar lei marcial se as negociações falharem

Pyotr Poroshenko em Munique
Pyotr Poroshenko em Munique - Sputnik Brasil
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As autoridades ucranianas estão prontas a declarar a lei marcial em todo o território do país em caso de fracasso das negociações em Minsk e de agravamento do conflito em Donbass, disse nesta quarta-feira (11) o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko.

"Eu, o governo e a Suprema Rada estamos prontos a tomar a decisão sobre a declaração da lei marcial em todo o território ucraniano. Não vou ter dúvidas sobre esta decisão se as ações irresponsáveis do agressor levarem à escalada ulterior do conflito", disse Poroshenko na reunião ampliada do governo ucraniano.

Declarações de Poroshenko na reunião ampliada do governo da Ucrânia

– "A descentralização que nos elaboramos não terá nada a ver com a federalização. A Ucrânia foi e será um Estado unitário"

– "Infelizmente, devemos estar prontos para duas variantes: a paz ou defender o nosso país"

– "Quero avisar que há uma série de questões que não serão nunca abrangidas pela descentralização, nas quais o papel do poder central, o papel do Estado não vai diminuir, mas sim aumentar. Trata-se nomeadamente da defesa. Não delegaremos os direitos de defesa do país, não teremos batalhões locais, divisões da milícia popular ou estupidezes desse tipo"

– "Posso dizer que durante o trabalho no cargo de presidente nunca tive e nunca terei um encontro mais importante de que o de Minsk".

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Hoje, quarta-feira (11) deve ainda ocorrer um novo encontro sobre a Ucrânia no assim chamado formato da Normandia, que inclui os líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França.  

Kiev está realizando desde meados de abril uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 5.000 civis já foram vítimas deste conflito.

Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito.

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