França deve evitar 'ser arrastada' pela rivalidade EUA-China, diz chefe do Estado-Maior francês

© AFP 2023 / Pool / Christian HartmannEm Paris, o presidente da França, Emmanuel Macron (à esquerda), cumprimenta o chefe do Estado-Maior francês, o general François Lecointre, em 8 de maio de 2021
Em Paris, o presidente da França, Emmanuel Macron (à esquerda), cumprimenta o chefe do Estado-Maior francês, o general François Lecointre, em 8 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 22.05.2021
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A França deve evitar ser arrastada para a rivalidade crescente entre China e Estados Unidos, que se tornará um confronto geopolítico central no futuro, disse o general François Lecointre, chefe do Estado-Maior de Defesa do país.

De acordo com a declaração do general, publicada neste sábado (22) como parte de uma entrevista ao jornal francês Le Figaro, o futuro cenário internacional girará em torno do impasse entre Pequim e Washington, no qual todos os Estados terceiros terão que escolher um lado, algo que nem a França, nem a Europa têm interesse.

"Embora não se trate de questionar nossa relação com os EUA, que é de vital importância, não devemos nos permitir ser arrastados para o confronto que ameaça se desenrolar entre a China e os EUA", disse Lecointre.
© REUTERS / Christian HartmannO presidente francês, Emmanuel Macron, durante reunião com membros de uma equipe médica em hospital de Reims, onde discutiu o impacto psicológico da crise da COVID-19 em crianças e adolescentes, em 14 de abril de 2021
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O presidente francês, Emmanuel Macron, durante reunião com membros de uma equipe médica em hospital de Reims, onde discutiu o impacto psicológico da crise da COVID-19 em crianças e adolescentes, em 14 de abril de 2021

O general também mencionou as preocupações das nações do Leste Europeu com o rearmamento da Rússia, já que Moscou, em sua opinião, junto com Pequim, está se tornando um rival cada vez mais perigoso tanto no espaço quanto no mar.

"Este confronto é perigoso", acrescentou.

Lecointre disse ainda que Moscou está tentando enfraquecer o modelo democrático ao atuar no domínio das tecnologias digitais e afirmou que a presença da Rússia, Turquia ou China na África é preocupante e desestabilizadora.

China e Rússia, por sua vez, defendem que a era da hegemonia norte-americana acabou e que o mundo precisa caminhar em direção a um modelo multilateral.

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