Alemanha busca criar contrapeso caso EUA 'cruzem linhas vermelhas'

© AP Photo / Michael SohnBandeira americana no topo da embaixada americana em frente ao Parlamento alemão, em Berlin
Bandeira americana no topo da embaixada americana em frente ao Parlamento alemão, em Berlin - Sputnik Brasil
Nos siga no
As relações entre os EUA e aliados europeus estão tensas desde que o Washington impôs tarifas na importação de alumínio e ferro vindos da Europa e saiu do acordo nuclear iraniano de 2015.

O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, afirmou à rádio Deutsche Welle que a Europa quer salvar o acordo nuclear iraniano, reavaliando sua parceria com os EUA e criando um sistema de pagamento europeu para servir de "contrapeso" aos EUA sempre que Washington "cruzar as linhas vermelhas".

German Chancellor Angela Merkel, left, discusses with Russian President Vladimir Putin during a bilateral prior to a summit on Ukraine at the Elysee Palace in Paris, France - Sputnik Brasil
Putin chega à Alemanha para encontro com Angela Merkel
"O principal objetivo da nossa política externa é construir uma Europa forte e independente", escreveu Maas em um artigo ao jornal alemão Handelsblatt. Além disso, ele citou que "por isso é indispensável intensificar a autonomia europeia através da criação de canais de pagamento independentes dos EUA, um Fundo Monetário Europeu e um sistema independente SWIFT", acrescentando ainda que a Alemanha precisa de uma "parceria balanceada" com os EUA que "traga seu peso onde os EUA se retiram".

Heiko Maas, assim como a União Europeia, vem se empenhando contra as renovadas sanções americanas anti-Irã e lutando para convencer Teerã a continuar cumprindo o acordo nuclear de 2015. Entretanto, algumas empresas europeias temem sanções de Washington, que ameaçou sancionar qualquer um que mantiver negócios com Teerã.

No dia 8 de maio, o presidente Donald Trump anunciou a saída dos EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) e prometeu impor o "nível mais alto" de sanções contra os setores energético, petroquímico e financeiro do país, apesar das objeções da Europa, Rússia e China, que vêm repetidamente defendendo o acordo.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала