"O executor é um assassino altamente profissional, mas ele mesmo não podia ter planejado o assassinato", afirmou Knyazev.
Respondendo a perguntas de jornalistas se o matador era ou não profissional, o chefe da polícia ucraniana notou que "[assassinos] amadores demoram no local do crime", mas acrescentou que no momento não é profissional revelar detalhes da investigação.
Altos funcionários ucranianos, por sua vez, acusaram a Rússia de estar envolvida na realização do crime, afirmando que serviços secretos russos teriam eliminando o jornalista.
O Kremlin comentou as afirmações de Kiev sobre suposta ligação de Moscou ao assassinato, qualificando-as como altamente cínicas.
"É o cúmulo do cinismo. Em meio a um assassinato tão cruel, [Kiev] recorre ao discurso russófobo ao invés de falar sobre a necessidade de realizar uma investigação minuciosa e imparcial", declarou o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov.
ara chanceler russo, as acusações contra Moscou não foram uma surpresa. Ele sublinhou que esta não é a primeira vez que a Rússia é acusada sem quaisquer bases e provas. "Esta moda [de acusar a Rússia] […] é muito triste, mas, como vemos, muitos a seguem", acrescentou.
"Tentar culpar a Rússia disso não é só errado e cínico, mas sinaliza que a parte ucraniana não controla o que acontece em seu território ou apenas usa a situação como pretexto para acusar. Nem primeira nem segunda opção é boa, porque se pode suspeitar que por trás disso haja algumas forças na Ucrânia", opinou.
Arkady Babchenko era escritor, jornalista e correspondente militar russo. Em 2017, ele deixou a Rússia, viveu na República Tcheca e Israel. Desde agosto de 2017, ele estava morando em Kiev e foi âncora de um programa no canal de TV ATR.