Neste contexto, o WikiLeaks sugeriu que interessados buscassem novos fatos nos 1.138 documentos relacionados à Marine Le Pen e nos 3.630 sobre François Fillon.
3,630 documents from our archives on French presidential candidate François Fillon https://t.co/ENIXZlecom pic.twitter.com/fFWMNS3KHD
— WikiLeaks (@wikileaks) 1 de fevereiro de 2017
From our archives: 1,138 documents on French presidential candidate Marine Le Pen https://t.co/mnvzibm2YX pic.twitter.com/v5JXrz1FO9
— WikiLeaks (@wikileaks) 1 de fevereiro de 2017
Vale lembrar que representantes da campanha eleitoral de Hillary Clinton e dos serviços especiais dos EUA acusaram o WikiLeaks de trabalhar a favor da Rússia.
.@wikileaks You are no media organization. You are a propaganda arm of the Russian govt, running interference for their pet candidate, Trump
— Brian Fallon (@brianefallon) 11 de outubro de 2016
Acusações semelhantes foram apresentadas contra Fillon e Le Pen. Na versão dos conspiradores, o assim chamado "agente do Kremlin" ataca os outros dois.
Já que a primeira postagem era dirigida contra Fillon, alguns usuários do Twitter concluíram que o "WikiLeaks pró-russo" estivesse tentando afundá-lo para trazer ao poder o "novo regime França da Vichy" – Marine Le Pen.
WikiLeaks dumps documents on French presidential favourite Fillon to improve Le Pen's chances. Vichy France redux, here we come. https://t.co/3TC6PtA77T
— Marie-Anne Pollaud (@mapduliand) 1 de fevereiro de 2017
@TheRickWilson I'm guessing Fillon isn't pro-Putin enough for Wikileaks.
— Dornie Tranders (@37thLibertyCorp) 1 de fevereiro de 2017
"Como entendo, Fillon não é em sua totalidade pró-Putin para o WikiLeaks", escreveu um internauta no Twitter.
Depois de descobrir que Fillon e Le Pen estão sendo atacados, o WikiLeaks publicou um novo tweet sobre Emmanuel Macron. A postagem condiz com os serviços prestados pelo candidato ao banco Rotschild (em referência à característica que lhe foi dada pela campanha de Hillary Clinton ainda em 2012).
French presidential candidate Emmanuel Macron's description in Hillary Clinton's email at odds with campaign image https://t.co/38Krq50zkW pic.twitter.com/C29r1aZ4gJ
— WikiLeaks (@wikileaks) 1 de fevereiro de 2017
E, outra vez, há quem desconfiasse que uma "mão do Kremlin" dirigia-se contra Macron.
@mediawhizz And the unpredictability of the campaign. Russia/Wikileaks has Macron in its sites. @anglomarseille @EmmanuelMacron
— James Savage (@SavLocal) 1 de fevereiro de 2017
Por sua vez, o ministro da Defesa francês, Jean-Yves le Drian, e seus colegas levam a sério a ameaça de ciberataques que visam manipular os resultados das eleições.
Em particular, a revista norte-americana Foreign Policy receia a interferência no processo eleitoral na França.Cabe reconhecer que os materiais do WikiLeaks, que podem influenciar a campanha de qualquer um dos candidatos franceses, já foram minuciosamente analisados. Embora seja difícil falar sobre eventuais revelações, é possível compreender a atitude em relação aos políticos franceses por parte dos seus colegas estrangeiros.
Além de Fillon, seria interessante ler algo sobre Le Pen.
Em correspondência com o chefe da campanha de Hillary Clinton, John Podesta, que se refere a 2016, é possível distinguir uma comparação bem original:
"A família Le Pen é parente próximo de Trump, embora seja muito mais educada."
Há mais uma observação curiosa. Um dos funcionários da empresa Stratfor deu um comentário ao outro a respeito da proposta de Le Pen de juntar uma parte da Bélgica à França. O segundo responde:
"Sim, mas deixe os flamengos ficarem com os árabes, de acordo?"
Quanto a Macron, o candidato é mencionado apenas em 30 documentos, mas chega a ser figurado como um "agente russo". Numa nota do Partido da Justiça e Desenvolvimento turco em poder, há uma menção sobre sua visita a Moscou, na qualidade do chefe de uma delegação francesa, onde ele anunciou o possível cancelamento das sanções contra a Rússia.De acordo com as enquetes, é muito provável que Marine Le Pen ganhe o primeiro turno das eleições de 23 de abril, mas perca no segundo turno, que será realizado em 7 de maio, cedendo a presidência ao conservador François Fillon ou ao centrista Emmanuel Macron.
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