Suécia teme interferência russa semelhante à das eleições nos EUA

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Recentemente, políticos norte-americanos tentaram convencer o mundo de que a Rússia influenciou as eleições presidenciais norte-americanas usando ciberataques. Na Suécia, onde a russofobia se tornou parte da política nacional, essa mensagem provocou simpatia.

Durante a conferência nacional anual Povo e Defesa, o primeiro-ministro sueco Stefan Lofven descreveu uma imagem lúgubre da situação de segurança no mundo, sublinhando ameaças nucleares, ciberataques e ameaças miliares, dizendo que as futuras eleições na Suécia podem ser influenciadas como as dos EUA. Entretanto, Lofven não mencionou a Rússia, mas a alusão às eleições norte-americanas era clara, onde a derrota de Hillary Clinton continua sendo atribuída à "interferência" russa.

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Stefan Lofven, que mais cedo expressou seu apoio a Clinton, declarou que a campanha norte-americana foi obviamente influenciada pelo roubo de dados e notícias falsas.

"Não há garantias que as futuras eleições suecas serão protegidas de forma correspondente", disse Lofven citado pelo jornal finlandês Hufvudstadsbladet. Segundo Lofven, há o mesmo risco para a França e Alemanha.

Na coletiva de imprensa, Stefan Lofven foi questionado como a Suécia reagirá se a Rússia tentar influenciar o resultado das eleições. Parece que o público sueco se habituou a ver a mão de Moscou sempre que as coisas não correm de forma esperada.

No relatório mais recente do Establishment de Rádio de Defesa Nacional da Suécia (FRA), a Rússia foi identificada como a principal envolvida na campanha de desinformação e divulgação de notícias falsas. Segundo o FRA, "potências estrangeiras" realizaram mais de 100 mil ciberataques contra a Suécia no ano passado, comunicou a emissora nacional sueca SVT.

Segundo Stefan Lofven, a Suécia precisa de "rearmamento digital" para reduzir a vulnerabilidade e elevar o nível de consciência sobre desinformação. A segurança de informações é somente uma parte da estratégia de segurança nacional que o governo sueco anunciou no domingo (8).

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Embora Lofven tenha chamado as ações da Rússia de "provocação", "desinformação" e "agressão militar", ele admitiu que é necessário desenvolver um diálogo mais estreito para reduzir tensões.

"É pouco razoável primeiramente aumentar tensões, e depois buscar maior proteção através da entrada na OTAN. O melhor é assegurar que as tensões não aumentam", disse Lofven citado pela rádio sueca.

Depois de décadas de desarmamento, os políticos suecos mudam agora de atitude e reavaliam o desenvolvimento dos acontecimentos no estrangeiro. Partidos de direita e de esquerda concordaram que a situação de segurança se deteriorou. Hoje, a discussão está focada em quanto mais financiamento se deverá destinar para a defesa sueca.

O jornal sueco Dagens Nyheter informou em dezembro que somente a "lista de desejos" das Forças Armadas suecas é estimada em mais de 44 bilhões de dólares.

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