A pesquisa da CNI demonstra que, entre as exportadoras, 57% registraram queda no valor faturado. Entre as importadoras e investidores em países estrangeiros a queda foi de 70% em cada um dos grupos.
Essa é a segunda consulta da CNI que avalia o impacto da pandemia no comércio exterior do Brasil. O estudo mostra um quadro extremamente negativo, na comparação com a primeira edição. Todavia, a queda no valor de exportações desacelerou. Em fevereiro e março o índice de retração foi de 80%, um percentual 23 pontos maior que o referente aos meses de abril e maio.
Na projeção para os próximos 60 dias, as exportações indicam nova desaceleração na queda, com uma retração de 21 pontos percentuais no indicador na comparação com os meses de abril e maio.
"Embora o comércio exterior tenha sido afetado de forma negativa pela pandemia, ele terá papel fundamental na retomada do crescimento econômico e na geração de emprego e renda. A crise é uma oportunidade para a empresa brasileira incorporar a internacionalização na sua estratégia de negócios", afirmou Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI, ao comentar a pesquisa.
Os principais países impactados pela pandemia são a China e os Estados Unidos, ambos mercados estratégicos da indústria brasileira. As principais preocupações das empresas internacionalizadas com os efeitos da pandemia são com a redução das exportações (24%) e da produção (19%), bem como o aumento do preço da matéria-prima (15%).
Uma outra dificuldade tem sido a redução na frequência de navios, apontada como um problema para 39%, seguido do aumento no valor do frete (27%). Só 23% das empresas que usam esse modal afirmaram não ter enfrentado problemas.
O sistema aéreo atende a 43% das empresas que exportam ou importam. Entre elas, o aumento no valor do frete é a principal (54%) dificuldade, seguida pela redução na frequência de voos internacionais (37%). A redução na frequência de voos domésticos e suspensão das rotas aéreas internacionais aparecem empatadas com 21% das empresas indicando como uma dificuldade encontrada em tempos de pandemia. Apenas 19% das empresas que usam este modal não enfrentaram problemas.
O levantamento foi feito entre os dias 02 e 10 de junho e avaliou os dados referentes a abril e maio de 197 empresas internacionalizadas (exportadoras, importadoras ou com investimentos no exterior).
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