Em 26 de março, a África do Sul impôs uma quarentena rigorosa em todo o país para combater o novo coronavírus. De entre os setores econômicos parados no país, está o de mineração, essencial para a produção de celulares e tantas outras mercadorias em fábricas na China, Detroit, Turim ou Tóquio.
Mesmo com a retomada paulatina da atividade econômica na China, as fábricas podem ficar sem matérias-primas essenciais, em função da quarentena imposta em países da África, reportou a Bloomberg.
As minas africanas estão tomando medidas rigorosas para impedir a propagação da pandemia. Na África do Sul, a Kimba Iron Ore Ltd, a principal produtora de minério de ferro do continente, assim como as principais produtoras de platina do mundo, reduziram significativamente suas atividades.

As minas de cromo e manganês, que fornecem matérias-primas para a produção de aço, também estão operando de forma restrita.
Em Luabala, província da República Democrática do Congo, líder na produção de cobre e cobalto usados na produção de baterias recarregáveis, as minas ainda estão abertas, mas a força de trabalho foi reduzida ao mínimo necessário, a fim de evitar contágios.
Mesmo as minas que seguem em operação enfrentam problemas para escoar a produção, uma vez que muitas fronteiras e portos estão fechados ou com trânsito severamente restrito.

Grande parte do cobre e cobalto extraído das minas do Congo, essenciais para a produção mundial, deve passar pela Zâmbia antes de chegar a portos na Tanzânia ou na África do Sul. As medidas impostas nas fronteiras da Zâmbia estão gerando filas de caminhões de até 40 quilômetros.
Pouco depois de enfrentar a epidemia de ebola, os países africanos se preparam para um aumento de casos de COVID-19. A África do Sul é o país mais afetado pela COVID-19 no continente africano, com 5.585 casos confirmados e 9 vítimas fatais.
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