Crescimento gradual
Na semana passada, o yuan conseguiu repetir os máximos de agosto de 2015 no mercado de divisas mundial. O Banco Central da China favoreceu este crescimento ao elevar a taxa de câmbio da moeda nacional relativamente ao dólar estadunidense em 377 pontos, para 6,3 yuanes por dólar.
"As tentativas de Washington e Pequim de chegarem a um acordo no âmbito da chamada guerra comercial contribuíram para o aumento da popularidade do yuan e para o enfraquecimento do dólar. Desta maneira, alguns investidores, em meio à incerteza geoeconómica, decidiram abandonar o dólar", afirmou o analista econômico Ivan Kopeikin ao canal RT.
Outro fator positivo para a moeda chinesa foi o lançamento de futuros de petróleo em yuanes. Em 26 de março, na Bolsa de Energia Internacional de Xangai foram negociadas as primeiras operações de comércio de hidrocarbonetos na moeda nacional da China. O volume de transações alcançou 2,9 bilhões de dólares no primeiro dia.
"Nesta situação, o aumento da taxa de câmbio do yuan por parte do Banco Central chinês foi um passo totalmente justificado. Nos próximos seis meses, devemos esperar um fortalecimento gradual da moeda chinesa", previu Kopeikin.
Luta competitiva
Segundo o Banco Central chinês, o yuan começou a ganhar valor frente à moeda norte-americana a partir de dezembro de 2017.
O fortalecimento da moeda nacional na arena internacional é uma das tarefas do governo chinês. Os especialistas explicam que uma divisa nacional forte resolverá vários problemas que a China está enfrentando.
Além disso, nas condições da chamada guerra comercial com os EUA, uma moeda nacional forte permitirá ao gigante asiático realizar pagamentos bilaterais sem recorrer ao dólar.
Para o mercado interno da China, esta situação também é vantajosa, acrescentou Ivan Kopeikin. Os importadores terão a oportunidade de comprar mais bens com a mesma quantidade de dinheiro. No entanto, para os exportadores, o fortalecimento do yuan significa uma redução da competitividade dos produtos chineses.