Aviões militares dos EUA realizam manobras no espaço aéreo das ilhas Canárias sem aviso prévio

CC BY 2.0 / poter.simon / USS Dwight D. Eisenhower
USS Dwight D. Eisenhower  - Sputnik Brasil, 1920, 16.03.2021
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Uma operação conjunta do exército norte-americano e marroquino desviou e cruzou, sem aviso prévio, o território espanhol no início de março.

Nos primeiros dias de março, pilotos ou controladores de tráfego aéreo das Ilhas Canárias, na Espanha, viram-se, sem avisos ou coordenação prévia, com uma constelação de aviões que emergiram em pleno oceano Atlântico, cruzando o espaço nacional.

Cerca de 80 quilômetros ao norte da ilha de La Palma, nas Canárias, um porta-aviões cruzou de oeste para leste na direção de Marrocos. Era o USS Eisenhower, um porta-aviões nuclear de 100 toneladas e capacidade para 90 aeronaves. A embarcação tinha como destino Marrocos, mas passou pelo espaço espanhol e isso surpreendeu as autoridades locais.

"Não é o habitual. O normal é que seja feito um comunicado para alertar das manobras, com o cronograma e a altura esperada", explica José Luis Feliú, porta-voz do Sindicato dos Controladores de Tráfego Aéreo (USCA, na sigla em espanhol) das Ilhas Canárias à Sputnik. Feliú ressalta que o "aviso aos marinheiros" faz parte das práticas gerais e não foi feito. Por isso, a preocupação se espalhou no setor.

Foi uma situação "incômoda e inesperada", garante o porta-voz da USCA, mas não representou "nenhum risco para a navegação aérea", nem alterou o funcionamento dos voos comerciais. Entre outras coisas, porque a frequência nesses meses caiu drasticamente devido à pandemia. "Foi uma anomalia, uma surpresa, mas não causou incidentes", disse Feliú.

Aperto de mão relâmpago

A frota que invadiu o arquipélago espanhol participava do exercício marítimo bilateral entre EUA e Marrocos denominado Lightning Handshake (Aperto de mão relâmpago), afirma o jornal El País.

Participaram da atividade, por parte dos Marrocos, uma fragata, quatro aviões de combate F-16 e F-5 e um helicóptero, além do centro de operações marítimas e aéreas. A embaixada dos EUA em Rabat referiu-se a este desdobramento como um sinal da "parceria forte e duradoura" entre os dois países em matéria de segurança.

A Marinha norte-americana, por sua vez, falou de "apoio à segurança marítima em águas internacionais" enquadrada na "colaboração contínua" da nação com "seus aliados, amigos e parceiros" marroquinos.

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