O teste é importante, pois aproxima o país da criação de um sistema de informação unificado, destacou o especialista e editor-chefe da revista militar Arsenal Otechestva Viktor Murakhovsky.
"O experimento ocorreu em condições de combate reais. Um grupo de caças Su-35 fez parte deste enxame, enquanto o Su-57 desempenhou o papel de avião de comando e controle", segundo fonte anônima.
O especialista adicionou que as aeronaves adotaram uma formação de enxame ou de rebanho. Esta formação permite aos caças trocar informação em tempo real, dado que o sistema de informação e controle de cada avião processa automaticamente todos os dados coletados por seus sensores e por outros equipamentos.
Estes exercícios são importantes para as Forças Armadas da Rússia, pois permitem desenvolver um sistema de informação unificado, comentou Murakhovsky.
Adotar esta formação com um sistema de dados unificados incrementa consideravelmente a eficácia com que os pilotos implementam suas missões.
"Nos procedimentos habituais de combate é importante interagir. Futuramente, a informação procedente de todos os sensores da aeronave, assim como dos sistemas de defesa aérea, dos satélites e dos equipamentos terrestres deve ingressar em um sistema único que criará um campo de informação unificado para as forças terrestres, aéreas e espaciais. Depois, com apoio da inteligência artificial, será realizada a distribuição das tarefas de combate, inclusive à aviação", explicou o especialista.
Os EUA também estão desenvolvendo um sistema similar para os caças F-35. Entretanto, nenhuma potência militar conseguiu construí-lo devido à dificuldade de criar um formato de dados único para os diferentes tipos de tropas, concluiu.
Sergei Khatylev, especialista militar e ex-chefe das tropas de mísseis do Comando de Forças Especiais da Força Aeroespacial da Rússia, afirmou à rádio Govorit Moskva que, no Ocidente, foi testado passar unidades de combate para um comando totalmente automatizado, mas que não teve sucesso.
No caso de uma falha no algoritmo devido a uma influência externa, o sistema podia confundir os alvos e tomar decisões incorretas. Portanto, é impossível dispensar o controle humano, manual, ressaltou Khatylev.
"No nosso Exército, nunca abdicamos do controle manual. Todos os métodos de comando durante os exercícios são treinados paralelamente. A automação destes processos ocorrerá de qualquer maneira, mas não pode decorrer infinitamente. É impossível e inconveniente automatizar tudo. E quando dizem que a inteligência artificial e a robótica já existem, sempre afirmo que são as pessoas que estão combatendo, são as pessoas que tomam as decisões", concluiu.