China poderia superar Marinha norte-americana, adverte Congresso dos EUA

© AFP 2023 / Bill WechterFragata chinesa Yancheng em San Diego, durante uma visita da Marinha da China à Califórnia, em 6 de dezembro de 2016
Fragata chinesa Yancheng em San Diego, durante uma visita da Marinha da China à Califórnia, em 6 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
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A modernização militar da China coloca em risco "a soberania dos EUA no Pacífico ocidental", destaca o Congresso norte-americano.

Caso os EUA não elevem suas capacidades navais, o potencial de sua Marinha poderia eventualmente ser alcançado e até mesmo superado pela China, advertiu o Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA (CRS, na sigla em inglês).

A agência ressalta os esforços da Marinha chinesa para modernizar sua frota ao longo dos últimos 25 anos, graças aos quais o país asiático está conduzindo um número crescente de operações navais, e não apenas nas zonas costeiras da China, como também em águas mais distantes, incluindo "as águas mais amplas do Pacífico ocidental, o oceano Índico e as águas de toda a Europa".

Isto será "um grande desafio" para a capacidade da Marinha dos EUA de exercer "o controle em tempos de guerra" em alto mar no Pacífico ocidental, o primeiro desafio desde o final da Guerra Fria, que põe em perigo "o status de muitos anos dos EUA como a principal potência militar no Pacífico ocidental".

A modernização militar da China engloba "uma ampla gama de programas de aquisição de plataformas e armas", incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro antinavio, submarinos, navios de superfície, aviões e drones.

Segundo o CRS, os esforços de Pequim nesta esfera estariam dirigidos, entre outras coisas, à manutenção de suas capacidades navais para poder abordar a situação com Taiwan por meios militares, atingindo "um maior grau de controle ou dominação" sobre o mar do Sul da China, bem como para diminuir o papel dos EUA no Pacífico ocidental e assumir o papel de principal potência da região e do mundo.

© AFP 2023 / STR O Liaoning é o único porta-aviões da Marinha da China. Inicialmente, o navio foi construído para a União Soviética como porta-aviões Riga da classe Kuznetsov. Após a dissolução da União Soviética, o navio foi comprado pela China em 1998, reconstruído e entrou em serviço da Marinha do Exército de Libertação Popular da China sob o nome de Liaoning em 2012
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O Liaoning é o único porta-aviões da Marinha da China. Inicialmente, o navio foi construído para a União Soviética como porta-aviões Riga da classe Kuznetsov. Após a dissolução da União Soviética, o navio foi comprado pela China em 1998, reconstruído e entrou em serviço da Marinha do Exército de Libertação Popular da China sob o nome de Liaoning em 2012

"Em se tratando do equilíbrio do poder naval entre os EUA e a China, observadores norte-americanos e estrangeiros avaliaram que os EUA têm mais capacidade naval em geral. O esforço de modernização naval da China desde a década de 1990 reduziu consideravelmente a vantagem dos EUA [...] Pequim poderia igualar ou inclusive superar os EUA na capacidade naval geral", cita comunicado do CRS.

Neste contexto, a entidade aborda uma série de questões que requerem a atenção do Congresso, como o esforço dos EUA em elevar suas capacidades e se a Marinha do país estaria apropriada para contra-atacar o esforço chinês nos próximos anos.

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