O INS Arihant é o primeiro submarino nuclear localmente produzido, armado com mísseis balísticos SSBN (na sigla em inglês). Seu retorno ao porto, após vinte dias de patrulha em novembro, foi amplamente comemorado. O primeiro-ministro Narendra Modi parabenizou pessoalmente "todos os envolvidos" com o que ele qualificou como "uma conquista, que sempre será lembrada na história".
Alguém poderia considerar que as reações ao SSBN são exageradas, quando a Índia é um dos países mais populosos do mundo, amplamente banhado pelo oceano. No entanto, o Arihant é de importância fundamental.
Com esta concretização, a Índia completa a chamado "tríade nuclear", ou seja, os três métodos de transportar armas atômicas. Diferentemente de bombardeiros e lançadores terrestres, os submarinos são os alvos mais difíceis de interceptar.

"O [submarino] Arihant representa uma útil plataforma não somente como meio estratégico nacional, mas também proporciona à Marinha da Índia, cientistas, políticos e todos os demais treinamento e prática".
Segundo ataque garantido
Não é segredo que a Índia, geopoliticamente, possui muitos desafios próximo de suas fronteiras terrestres e marítimas. O país é o único a ter dois vizinhos com capacidades nucleares – o Paquistão e a China -, ao mesmo tempo que tem litígios fronteiriços com ambos, que já acarretaram guerras no passado, afirma Shishir Upadhyaya, ex-oficial da inteligência naval indiana, em entrevista ao canal RT.
O Governo indiano está comprometido com a estratégia de não ser o primeiro a disparar uma arma atômica. Ainda assim, a possibilidade de um conflito nuclear ainda paira na região, devido às tensas relações com o vizinho Paquistão.
"O Paquistão adotou armas nucleares táticas que podem levar... a um conflito convencional, que poderia escalar rapidamente para um conflito nuclear", comenta Upadhyaya.
Esta questão é particularmente relevante no caso de um potencial conflito com o Paquistão, uma vez que a frota convencional de submarinos de ataque indianos é somente duas vezes maior que a de seu vizinho.
Somente o começo
O segundo submarino da classe Arihant, chamando Arighat, está atualmente em testes e logo deve se juntar à Marinha da Índia nos próximos anos. Dois outros submarinos serão lançados em 2020 e 2022, e, supostamente, serão capazes de carregar oito mísseis K-4, duas vezes mais que o Arihant.

A implantação bem sucedida do Arihant é um grande passo para a Índia, uma vez que o país passa a integrar o pequeno grupo de nações que conta com submarinos nucleares, anteriormente reservado somente à China, Rússia, Reino Unido e França.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)