Como novo submarino indiano pode alterar balança de poder regional?

© AP Photo / Rafiq MaqboolOficiais da Marinha indiana (foto de arquivo)
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Primeiro submarino da Índia munido com mísseis balísticos completou sua primeira patrulha. Possuir somente uma embarcação desta classe pode não parecer muito, mas é um trunfo para Nova Deli.

O INS Arihant é o primeiro submarino nuclear localmente produzido, armado com mísseis balísticos SSBN (na sigla em inglês). Seu retorno ao porto, após vinte dias de patrulha em novembro, foi amplamente comemorado. O primeiro-ministro Narendra Modi parabenizou pessoalmente "todos os envolvidos" com o que ele qualificou como "uma conquista, que sempre será lembrada na história".

Alguém poderia considerar que as reações ao SSBN são exageradas, quando a Índia é um dos países mais populosos do mundo, amplamente banhado pelo oceano. No entanto, o Arihant é de importância fundamental.

Com esta concretização, a Índia completa a chamado "tríade nuclear", ou seja, os três métodos de transportar armas atômicas. Diferentemente de bombardeiros e lançadores terrestres, os submarinos são os alvos mais difíceis de interceptar.
CC BY-SA 2.5 / Indian Navy / INS ChakraSubmarino nuclear da Marinha da Índia INS Chakra (foto de arquivo)
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Submarino nuclear da Marinha da Índia INS Chakra (foto de arquivo)

"O [submarino] Arihant representa uma útil plataforma não somente como meio estratégico nacional, mas também proporciona à Marinha da Índia, cientistas, políticos e todos os demais treinamento e prática".

Segundo ataque garantido

Não é segredo que a Índia, geopoliticamente, possui muitos desafios próximo de suas fronteiras terrestres e marítimas. O país é o único a ter dois vizinhos com capacidades nucleares – o Paquistão e a China -, ao mesmo tempo que tem litígios fronteiriços com ambos, que já acarretaram guerras no passado, afirma Shishir Upadhyaya, ex-oficial da inteligência naval indiana, em entrevista ao canal RT.

O Governo indiano está comprometido com a estratégia de não ser o primeiro a disparar uma arma atômica. Ainda assim, a possibilidade de um conflito nuclear ainda paira na região, devido às tensas relações com o vizinho Paquistão.

"O Paquistão adotou armas nucleares táticas que podem levar... a um conflito convencional, que poderia escalar rapidamente para um conflito nuclear", comenta Upadhyaya.

Esta questão é particularmente relevante no caso de um potencial conflito com o Paquistão, uma vez que a frota convencional de submarinos de ataque indianos é somente duas vezes maior que a de seu vizinho.

Somente o começo

O segundo submarino da classe Arihant, chamando Arighat, está atualmente em testes e logo deve se juntar à Marinha da Índia nos próximos anos. Dois outros submarinos serão lançados em 2020 e 2022, e, supostamente, serão capazes de carregar oito mísseis K-4, duas vezes mais que o Arihant.

© AFP 2023 / Indranil MUKHERJEE INS Visakhapatnam, primeiro destróier P15-B stealth da Marinha da Índia, é lançado em Mumbai em 20 de abril de 2015
Como novo submarino indiano pode alterar balança de poder regional? - Sputnik Brasil
INS Visakhapatnam, primeiro destróier P15-B stealth da Marinha da Índia, é lançado em Mumbai em 20 de abril de 2015

A implantação bem sucedida do Arihant é um grande passo para a Índia, uma vez que o país passa a integrar o pequeno grupo de nações que conta com submarinos nucleares, anteriormente reservado somente à China, Rússia, Reino Unido e França.

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