'Fortalezas' à prova d'água: saiba como tanques cruzam rios

© Sputnik / Vitaly Ankov / Acessar o banco de imagensTanque T-72 superando obstáculos aquáticos durante manobras na região russa de Primorie, 2017
Tanque T-72 superando obstáculos aquáticos durante manobras na região russa de Primorie, 2017 - Sputnik Brasil
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Máscaras especiais, coletes salva-vidas, técnicas de mergulho e muitos equipamentos. A Sputnik explica para você como um tanque de guerra pode virar um verdadeiro submarino.

Neste mês, as Forças Armadas russas estão realizando as manobras militares Tsentr 2019. Durante o evento, mais de 100 tanques de guerra simularam a conquista de uma testa de ponte em território inimigo cruzando um rio. Este tipo de operação submarina tem sido levado a cabo desde os anos de 1950, exigindo cuidados e preparo especial dos militares.

Preparando o tanque

Uma das tarefas mais difíceis para os tanques é superar obstáculos aquáticos no campo de batalha. Para fazer tal feito, as tripulações dos tanques passam primeiro por um curso especial de escafandrista, realizado em uma piscina de alguns metros de profundidade.

Além disso, a tripulação recebe instruções para atuar em casos de emergência, sendo o mais importante não entrar em pânico em caso de alagamento.

© Sputnik / Evgeny Epanchintsev / Acessar o banco de imagensTanque russo durante passagem sob a água em um exercícios
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Tanque russo durante passagem sob a água em um exercícios

Antes de entrar na água, os militares ensaiam as técnicas de controle do tanque usando máscaras de ar, as quais lhes permitem sair do veículo em caso de alagamento. Essas máscaras são capazes de enriquecer de oxigênio o gás aspirado, ao passo que tira o CO2 do mesmo com a ajuda de substâncias químicas.

A máscara é capaz de fornecer oxigênio ao usuário durante uma hora e meia.

Para evitar o alagamento do tanque, uma peça de borracha é colocada na boca do canhão e uma graxa impermeável é usada para tapar orifícios. O motor do veículo recebe um cano especial o qual dá ar para o motor.

Ajuda externa

Nenhum tanque de guerra deve entrar em um meio aquático sem conhecer o terreno. Para isso, um grupo de militares de engenharia é destacado para estudar o fundo do leito e determinar o caminho exato pelo qual o tanque irá passar.

A velocidade da água é um fator importante, sendo que o tanque não deve passar caso a corrente seja superior a 2 m/s.

© Sputnik / Vladimir Astapkovich  / Acessar o banco de imagensTanque T-72B3 cruzando rio durante as manobras militares Tsentr 2019 na região russa de Kemerovo
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Tanque T-72B3 cruzando rio durante as manobras militares Tsentr 2019 na região russa de Kemerovo

Quando entra na água, o condutor faz o percurso somente na primeira marcha. Manobras especiais também são necessárias para evitar que o motor do tanque morra. Mas o pior de tudo é que o condutor não tem visualização do caminho. Tudo é feito às cegas.

Para evitar acidentes, o condutor segue as instruções do comandante da operação que permanece na margem. Este envia seus comandos por rádio, ao passo que a tripulação não deve o usar para transmissão, com exceção dos casos de emergência.

Emergências

Em caso de alagamento ou virada do tanque, a tripulação veste coletes salva-vidas e máscaras, ativa sistemas sinalizadores, abrem as escotilhas do tanque e saem do mesmo.

Importância estratégica

Ainda na década de 1930, a União Soviética desenvolveu dois veículos blindados capazes de andar sob a água. Estes foram o T-26 e o BT-5. Os carros de combate podiam andar a uma profundidade máxima de quatro metros.

© Sputnik / ZelmaTripulação de um T-26 em momento de lazer durante a Segunda Guerra Mundial
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Tripulação de um T-26 em momento de lazer durante a Segunda Guerra Mundial

Desde então, os tanques capazes de se mover na água se tornaram uma peça importante na guerra. Superando rios, lagos e afins, os tanques podem atacar o inimigo pela sua retaguarda, tendo vantagem no combate.

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