O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, compareceu a testes de uma "arma de alta tecnologia", informou a agência Yonhap, citando a mídia norte-coreana.
Comunica-se que é uma arma tática desenvolvida recentemente e que os testes da arma "ultramoderna" decorreram no polígono do Instituto Nacional de Defesa.
Trata-se do primeiro teste de armas efetuado na presença de Kim Jong-un desde novembro de 2017, quando ele presenciou o lançamento de um míssil balístico intercontinental.
A agência sul-coreana sublinha que Pyongyang relatou os testes em meio ao impasse das negociações para desnuclearização da península coreana.O diretor investigativo do Centro de Estudos Coreanos do Instituto do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, Yevgeny Kim, comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik os testes norte-coreanos.
O especialista lembrou que durante a cúpula em Singapura, em 12 de junho, Donald Trump e Kim Jong-un decidiram cessar o status de guerra formal na península coreana, mas isso não foi cumprido. Os EUA introduziram várias sanções contra a Coreia do Norte.
O próximo encontro entre os líderes dos EUA e da Coreia do Norte deveria ter acontecido entre setembro e novembro deste ano, mas foi adiado pelos norte-americanos para o início do ano que vem, sublinhou Yevgeny Kim.
O analista destaca que a continuação de preparo para o próximo encontro é um fator positivo, mas o mais importante é que "a desnuclearização seja uma rua de duplo sentido. Pyongyang, quando falou estar pronta para abandonar potencial nuclear, indicou condições: ela está disposta a fazê-lo em troca da interrupção da política hostil e das ameaças de Washington e Seul. A Coreia do Sul já fez muito nessa direção, mas não há avanço dos EUA na questão", comentou o especialista.
Segundo Yevgeny Kim, os testes e a declaração visam mostrar que a Coreia do Norte "não planeja se catapultar perante os EUA"."Os testes não foram um lançamento de mísseis, nem testes nucleares, caso contrário isso se tornaria público imediatamente. Mas dá para supor que se trate, por exemplo, de sério avanço da Coreia do Norte na esfera de guerra eletrônica", afirmou o especialista russo.
Durante a cúpula de Singapura, em 12 de junho de 2018, Donald Trump e Kim Jong-un assinaram um documento conjunto. Segundo ele, Washington garante a segurança de Pyongyang em troca do compromisso norte-coreano de prosseguir com a desnuclearização da península. A Coreia do Norte começou a desmantelar os polígonos nucleares, mas a inteligência norte-americana afirma que as instalações norte-coreanas permanecem em bom estado operacional.
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