Anteriormente, a ministra da Defesa do país, Elisabetta Trenta, declarou que a Itália não vai comprar mais caças norte-americanos F-35, que produz juntamente com os seus aliados da OTAN.
Segundo o especialista militar e coronel aposentado Viktor Baranets, essa decisão não pode ser avaliada sem levar em conta as declarações feitas pela Turquia. As autoridades turcas declararam que também poderiam se recusar a comprar os F-35. Ancara planejava adquirir 100 aviões estadunidenses, disse Baranets ao canal de televisão russo RT.O analista militar considera que é possível dizer que os EUA têm sérios problemas em suas relações com os aliados da OTAN se levarmos em conta os planos das autoridades italianas e a possível busca de alternativas aos F-35 por parte da Turquia.
"Essa declaração da ministra italiana [de não comprar os aviões] já causou muito pânico na Casa Branca e no Pentágono. Imagino os telefones que conectam o Departamento de Defesa dos EUA e o Ministério da Defesa italiano fumegando. É o segundo aborrecimento que ocorreu recentemente nas relações entre os EUA e os seus aliados, neste caso a Turquia e a Itália", explicou o Baranets.
O cientista político russo Sergei Sudakov, por sua vez, acredita que Trump está tentando pressionar os países da UE para que os aliados da OTAN aumentem seus gastos no desenvolvimento e produção de armas.
"Enquanto Trump se preocupa, em primeiro lugar, em proporcionar ao seu país novas encomendas e dinheiro, os europeus e os turcos não querem financiar a produção norte-americana […] não excluo a possibilidade de que outros grandes países também se recusem [a comprar os F-35]", sublinhou Sudakov.Além disso, o interlocutor do RT considerou que a decisão das autoridades italianas causará confusão na Casa Branca, porque põe em causa as grandes encomendas.
"Trata-se de muito dinheiro, milhões de dólares. De fato, não é um grande golpe para a economia dos EUA em geral, mas para a economia da indústria militar isso significa que qualquer outra recusa a afetará", explicou Sudakov.
O F-35 é um caça americano de quinta geração que, de acordo com os planos de Washington, deve se tornar o avião básico da Força Aérea dos EUA, do Reino Unido, do Canadá e de outros aliados de Washington.
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