"O Pentágono acredita que está precisando de mísseis, porque sua artilharia de campo é inferior à dos canhões russos, que possuem um alcance maior do que os norte-americanos", aponta o analista Michael Peck em seu artigo.
Peck se refere ao general Robert Brown, comandante do Exército dos Estados Unidos do Pacífico, que declarou em março passado que os militares estadunidenses precisam de mísseis que alcancem "499 quilômetros e mais".Armas deste tipo violam o Tratado INF (Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário), assinado entre a URSS e os EUA para proibir que eles tenham mísseis balísticos baseados em terra e mísseis de cruzeiro com uma faixa de alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.
"De verdade, dado o fato de a artilharia tem sido historicamente talvez a mais poderosa arma do exército russo (Stalin chamava a artilharia de ‘Deus de Guerra') não é de surpreender que os EUA queiram ter sua própria artilharia poderosa", opina o autor do artigo.
O analista do jornal estadunidense sublinha que um dos passos de Washington na criação de novos armamentos é o programa OpFires, realizado pelo Departamento de Defesa do país.
Desde 2014, após os acontecimentos no leste da Ucrânia e operação síria, a Rússia e EUA vêm acusando um ao outro de violar os acordos sobre mísseis em vigor.

Os Estados Unidos, por sua vez, acusam a Rússia de estar abafando as capacidades reais do míssil 9M729 do sistema Iskander-M. O Pentágono acredita que o míssil em questão alcance 5.500 quilômetros de distância e não 500 km indicados pelo Ministério da Defesa russo.
Quanto ao poderio da artilharia, o líder soviético Josef Stalin disse em 1941 o seguinte: "A artilharia é o mais importante gênero das tropas. A artilharia é o Deus da guerra moderna. A artilharia se encontra em todos os gêneros das Forças Armadas: infantaria, tanques e aviões."
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