Estes três exoplanetas, ou seja, planetas fora do nosso Sistema Solar, cada um ligeiramente maior que a Terra, foram detetados orbitando uma estrela bem mais jovem que o nosso Sol, chamada de TOI 451, localizada a cerca de 400 anos-luz, na constelação Eridanus, de acordo com a revista científica The Astronomical Journal.
A estrela em causa tem 95% da massa do Sol, sendo 12% menor e emitindo 35% menos energia. A sua rotação é cinco vezes mais rápida que o nosso Sol.
Comparado com o nosso Sistema Solar, o planeta mais distante da jovem estrela corresponderia a uma distância três vezes menor do que a do Sol a Mercúrio, e, por esta razão, cada um dos três exoplanetas descobertos deverá, quase certamente, ser inadequado para a existência da vida como a conhecemos, com temperaturas variando entre 1.200 e 450 graus Celsius.
Apesar das extremas temperaturas, os cientistas acreditam que estes planetas consigam manter suas atmosferas, podendo servir como exemplos úteis para o estudo da formação e desenvolvimento atmosféricos ao longo do tempo nos planetas.

Detetados em 2018 e confirmados mais tarde com a ajuda dos mais potentes telescópios e observatórios na Terra, estes "mundos quentes" estão localizados no corredor de estrelas Pisces-Eridanus, um aglomerado muito mais recente que nosso Sistema Solar e que se estende por um terço do céu visível da Terra.
Enquanto o Sistema Solar se formou há 4,5 bilhões de anos, o sistema TOI 451 tem só 120 milhões de anos.
Os pesquisadores da NASA suspeitam que o sistema possua um disco frio de poeira e de detritos rochosos, podendo também ter dois companheiros estelares se movendo em torno um do outro em uma órbita muito além dos planetas. Deste modo, isso o torna um exemplo útil para o estudo da evolução dos sistemas estelares nascentes e, potencialmente, nos dando um maior conhecimento sobre o nosso Sistema Solar.
"Este jovem sistema planetário tem só 120 milhões de anos e está apenas a 400 anos-luz, possibilitando observações detalhadas sobre ele", declarou Elisabeth Newton, professora assistente de Física e Astronomia na Universidade de Dartmouth em New Hampshire, nos EUA, que conduziu a pesquisa.
Esta descoberta pode fornecer conhecimento adicional sobre como as atmosferas se formam em torno de jovens planetas no Universo, podendo ajudar a humanidade na sua procura tanto por mundos habitáveis como por vida extraterrestre inteligente.
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