Pesquisadores dos EUA e da França elaboraram um modelo de previsão de cenários de desenvolvimento da pandemia da COVID-19 em 2021, segundo um estudo publicado no portal medRxiv.
Embora o vírus SARS-CoV-2 seja bastante estudado, existe incerteza sobre prazos e intensidade de próximas ondas do coronavírus devido a diferentes avaliações da capacidade de contágio das novas cepas do vírus, destacaram os cientistas. Além disso, não há informação sobre eficácia das vacinas existentes contra novas mutações.
No entanto, os resultados da modelação mostraram que em todos os cenários possíveis os fatores principais que permitem diminuir a taxa de mortalidade são a vacinação rápida e uma introdução precoce do regime de isolamento.
Os cientistas também analisaram as dificuldades que surgem no terreno, durante a campanha de vacinação, usando o condado de King no estado de Washington, EUA, como exemplo. Os pesquisadores modelaram diferentes cenários com variáveis, tais como o nível de vacinação da população, perfis de eficácia da vacina e valores-limite para introdução e alívio das medidas de confinamento.
Os pesquisadores pretendiam entender quais variáveis afetam mais o nível de infecção e mortalidade para calcular o tempo ideal de isolamento. Os cientistas sublinharam que seu modelo também funciona em outros estados ou regiões com maior ou menor nível de infecção e diferentes programas de vacinação.
Em todos os cenários, até o início do verão as cepas mais contagiosas do vírus SARS-CoV-2 se tornarão dominantes, segundo cientistas. Entretanto, os indicadores de mortalidade, hospitalização e número total de infetados neste ano serão menores que no ano passado, caso os países introduzam limitações na hora certa.
"Nosso modelo prevê que com as novas variantes, mais contagiosas, valores-limite altos para começar o isolamento parcial levarão ao aumento do número total de infecções e mortos per capita", de acordo com cientistas.
Além disso, a situação dependerá do nível da vacinação da população e eficácia das vacinas contra novas cepas da COVID-19.
"A alta eficácia das vacinas contra as novas variantes mais contagiosas e, em particular, sua capacidade de bloquear a transmissão contínua, e não apenas de prevenir os sintomas, potencialmente permitirá evitar milhares de infecções e salvar centenas de vidas", destacaram os pesquisadores.
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