Uma equipe internacional de cientistas tem detalhes importantes para a compreensão da formação estelar durante os primeiros dias do Universo, quando as colisões de galáxias eram frequentes, e a formação de estrelas e galáxias ocorria de maneira mais ativa.
O estudo publicado pela Astronomy & Astrophysics revelou que a equipe observou uma galáxia anã de maré (TDG, na sigla em inglês), que corresponde a galáxias que surgem dos escombros de duas galáxias mais antigas, após forte colisão.
"A pequena galáxia que estudamos nasceu de uma violenta colisão galáctica rica em gás e nos oferece uma oportunidade para estudar a física da formação estelar em ambientes extremos", afirmou a professora e coautora do estudo Carole Mundell.
A galáxia estudada, denominada como TDG J1023+1952, mostrou uma profusão de gás disperso. As nuvens de gás na Via Láctea fazem parte da formação de estrelas.
A estrela no centro da ESO 455-10 permite ao Hubble registrar a interação entre o gás e poeira da nebulosa, o meio interestelar circundante e a luz da própria estrelahttps://t.co/P8McwV89JL
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 25, 2021
"Podemos dizer que a contribuição do gás difuso é maior na galáxia anã de maré que estudamos do que normalmente se encontra nas galáxias normais [...]. O mais provável é que isso signifique que a maior parte do gás molecular nesta galáxia anã de maré não esteja envolvida na formação das estrelas [...]", afirmou Miguel Querejeta, do Observatório Astronômico Nacional de Madri.
A TDG J1023+1952 está a uma distância de aproximadamente 50 milhões de anos-luz da Terra.
De acordo com Mundell, agora a equipe poderá estudar as estrelas e as nuvens de gás a partir das quais se formam em uma violenta colisão extragaláctica com o mesmo detalhe que é possível estudar as que se formam em torno da própria Via Láctea.