A Grande Nuvem de Magalhães é uma pequena galáxia satélite da Via Láctea, localizada a aproximadamente 160.000 anos-luz.
De acordo com Miranda Yew, doutoranda na Universidade de Sidney, estes remanescentes de supernova já foram estrelas jovens e brilhantes, contudo, sua parte central e densa desapareceu há muito tempo, quando se fundiram no vasto meio interestelar.
Yew e sua equipe utilizaram dados do telescópio Curtis Schmidt e descobriram que os novos candidatos a remanescentes de supernova tinham mais de 230 anos-luz de diâmetro, conforme publicação da Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
"Nossas análises sugerem a descoberta de uma classe de remanescentes de supernova, grandes e maioritariamente visíveis, anteriormente desconhecidos, [...] Acreditamos que estes objetos estejam em um ambiente muito rarefeito e tenham até 120.000 anos de idade", afirmou.
De acordo com Yew, o ambiente rarefeito permite que os remanescentes se expandam livremente.
Com isso, a descoberta sugere que a Grande Nuvem de Magalhães esteja passando por um período recente de formação estelar.
O próximo passo da equipe de pesquisa será explorar os remanescentes por meio de raios X com o eROSITA, um projeto conjunto com o Instituto Max Planck de Física Extraterrestre.
O remanescente de supernova (SNR) é um invólucro de gás, composto pelos restos de uma estrela que foi destruída por uma violenta explosão (a chamada supernova) marcando o fim da estrela.