Ondas gigantes de areia são detectadas em movimento na superfície de Marte

© Sputnik / NASA / JPL-Caltech/Universidade do ArizonaVista aérea das crateras de Marte
Vista aérea das crateras de Marte - Sputnik Brasil
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Um novo estudo, liderado pela cientista planetária Simone Silvestro do Observatório Astronômico INAF de Capodimonte, na Itália, revela que as chamadas "megaondas" de Marte são estruturas móveis.

As "megaondas", enormes ondas de areia observadas na superfície do Planeta Vermelho, são estruturas móveis, ainda que se movimentem a uma velocidade muito lenta.

Para chegar a esta conclusão, a equipe de Silvestro estudou imagens captadas ao longo de diversos anos pela câmera HiRISE, montada a bordo do Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO, na sigla em inglês) da NASA.

Foi revelado que entre 2007 e 2016, as "megaondas" em dois pontos de Marte, a região de Nili Fossae e a cratera McLaughlin, se moveram a uma velocidade média de até 12 centímetros por ano, com uma velocidade máxima registrada de 19 por ano, conforme estudo publicado pela edição Journal of Geophysical Research: Planets.

© Foto / NASA / JPL-Caltech / Universidade do ArizonaDunas de areia e ondas na cratera Proctor, Marte (imagem referencial)
Ondas gigantes de areia são detectadas em movimento na superfície de Marte - Sputnik Brasil
Dunas de areia e ondas na cratera Proctor, Marte (imagem referencial)

As "megaondas", também observadas nos desertos terrestres, são compostas de grãos de areia grossos na parte superior de seus cumes, localizados sobre os grãos mais finos na parte inferior.

A imobilidade dos grãos no cume, junto com os fracos ventos atmosféricos, fez com que os cientistas acreditassem que estas estruturas eram formações estáticas.

"Tivemos a oportunidade de ver estas 'megaondas' em movimento, porque agora temos mais de 10 anos de observações", afirmou Silvestro ao portal Inside Science.

Os cientistas sugerem que as dunas de grãos mais finos existentes nas áreas estudadas podem estar provocando um grande volume de fluxo de areia, que, com o vento, ajudaria a deslocar os grãos mais grossos na parte superior dos cumes.

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