Cientista explica como COVID-19 mata suas vítimas

© Sputnik / Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUAImagem microscópica eletrônica fluorescente do primeiro caso americano de COVID-19, anteriormente conhecido como 2019-nCoV. As partículas virais esféricas, de cor azul, contêm seções transversais do genoma viral, visíveis como pontos pretos
Imagem microscópica eletrônica fluorescente do primeiro caso americano de COVID-19, anteriormente conhecido como 2019-nCoV. As partículas virais esféricas, de cor azul, contêm seções transversais do genoma viral, visíveis como pontos pretos - Sputnik Brasil
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Acadêmico russo explica como o novo coronavírus SARS-CoV-2 consegue na realidade matar suas vítimas, ao estudar as causas mais frequentes de óbito pela COVID-19.

Acadêmico e diretor do Laboratório de Mecanismos Moleculares de Imunidade do Instituto russo de Biologia Molecular, Sergei Nedospasov explicou à RT que a morte por COVID-19 é frequentemente causada por uma tempestade de citocinas.

Citocinas são moléculas que participam da comunicação entre as células e desempenham um papel particularmente importante na regulação do sistema imunológico, modulando a resposta inflamatória para lidar com infecções e também para iniciar o processo de cicatrização.

Quando patógenos como os coronavírus infectam a pessoa, o corpo se prepara para repelir o intruso.

Contudo, segundo o imunologista, uma reação anormal do organismo aos patógenos da doença, chamada de tempestade de citocinas, leva à morte, afirmando até que esta é a causa mais frequente de óbito.

"As moléculas que deveriam regular a resposta inflamatória e imunológica, atuando em pequenas doses e em áreas específicas do corpo, são ao invés produzidas descontroladamente e em altas concentrações", referiu o acadêmico, para quem este descontrolo do sistema imunológico "causa o caos".

Para o imunologista, há quem considere este fenômeno uma complicação, mas o termo mais correto seria patologia imunológica ou imunopatologia.

Esta patologia causada por uma reação anormal do sistema imunológico frequentemente leva à morte de pacientes infectados, concluiu.

Segundo os últimos dados, revelados hoje pela Universidade Johns Hopkins, o número de infectados à escala mundial atingiu 2.908.527 pessoas, havendo a registrar 203.332 óbitos e 824.002 pacientes curados.

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