Há 66 milhões de anos, a Terra foi atingida por um enorme asteroide, que eliminou dezenas de espécies de animais em todo o planeta, mudou o clima e todo o processo de evolução em geral.
Acontece que durante toda a era de Cretáceo eram precisamente os tubarões que dominaram os oceanos. Já na terra, os "reis" eram os grandes dinossauros carnívoros e herbívoros.
Alguns dos tubarões se alimentavam com moluscos e grandes répteis. Porém, o asteroide provocou sua extinção maciça destes répteis, deixando o "terror dos mares" sem comida.
O cientista Nicolas Campione, da Universidade da Nova Inglaterra na Austrália, descobriu que os tubarões gigantescos foram extintos exatamente por causa da escassez de alimentação.
O paleontólogo assegura que o esqueleto de tubarão consiste, principalmente, de cartilagens, o que dificulta os estudos dos tubarões antigos. Mas isto se resolve através da observação dos dentes. Assim, o cientista comparou os maxilares de tubarões pré-asteroide e dos tubarões pós-asteroide, mostrando que o número e forma dos dentes verdadeiramente mudou.
Após a queda do asteroide, parte dos répteis marinhos foi substituída por grandes mamíferos, enquanto outra parte tinha demasiados ossos para servir de alimentação dos tubarões.
Deste modo, naquela época morreram 34% das espécies de carnívoros marinhos. A maioria das espécies simplesmente não sobreviveu até hoje, pois durante a evolução se tornaram em peixes comuns.