Esta descoberta, de acordo com o cosmonauta russo Aleksandr Misurkin, apontava a possibilidade de que a vida na Terra podia ter sido trazida do espaço.
"Sabemos muito bem e já há muito tempo que as bactérias terrestres podem frequentemente se depositar no exterior da Estação Espacial Internacional e viver na superfície dela. Elas podem ter sido levadas para aí junto com gases emitidos pela estação, bem como a partir da atmosfera terrestre. Por outro lado, ainda não sabemos o que encontraram exatamente os nossos colegas, porque ainda não foram apresentados nenhuns dados ou amostras", afirmou Kundrot.
Estes micróbios, segundo acrescentou o cientista, têm origem bem terrestre e não são "provenientes do espaço", como foi anunciado por várias mídias.
"A TSNIIMASH e os cosmonautas já há vários anos recolhem amostras do exterior da EEI nas partes onde não chegam os raios do Sol, e é natural que eles frequentemente descobrem aí micróbios. Estes micróbios, por regra, surgem na EEI vindos da atmosfera exterior — uma parte deles se instala e sobrevive aí. Isso não é nada surpreendente, porque o espaço sem ar é menos agressivo para alguns organismos do que a atmosfera com oxigênio", explica o cientista.
Na presença de oxigênio, segundo informa Sychev, até os produtos congelados se decompõem e se oxidam gradualmente. No vácuo do espaço, os espórios das bactérias podem existir durante longo período de tempo se não forem expostos a radiação ultravioleta ou de partículas de alta energia e não forem aquecidos a temperaturas extremamente altas.
Por isso, o fato que os micróbios conseguiram sobreviver nas partes exteriores da EEI não tem nada de extraordinário.
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