"É uma notícia pouco agradável para os astronautas que serão enviados em uma expedição de dois ou três anos para Marte. O espaço traz novas ameaças para a saúde humana. A permanência prolongada sob influência destas partículas provoca um leque de disfunções do sistema nervoso central – redução da produtividade de trabalho, problemas de memória, inquietude, depressão e problemas na tomada de decisões. Muitas destas coisas continuarão a perturbar a pessoa mesmo depois de seu retorno à Terra", disse à Scientific Reports Charles Limoli da Universidade da Califórnia.
Íons de titânio-48 e oxigênio-16, acelerados até uma velocidade próxima à da luz, desempenharam o papel de raios cósmicos. Depois de cada experimento, os cientistas verificavam como mudaram as capacidades intelectuais dos ratos.
Um prolongado bombardeamento do cérebro durante três meses, com efeito, resultava em problemas de memória e perspicácia deteriorada, déficit de atenção e olfato deteriorado.
Há que notar que nem todos os raios cósmicos influenciam da mesma forma o cérebro dos ratos. Os problemas provocados pelos raios não desapareceram despois do fim do experimento.
Será que isso significa que o homem nunca viajará até Marte? A descoberta de Limoli e seus colegas apenas indica que as naves espaciais do futuro deverão ser especialmente protegidas contra partículas carregadas, o que deverá prevenir o desenvolvimento de tais consequências.