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Hospital confirma caso de hepatite causada por 'kit COVID' no interior de SP

© REUTERS / AMANDA PEROBELLIPaciente com COVID-19 recebe cuidados em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital São Paulo, na capital paulista, em 17 de março de 2021
Paciente com COVID-19 recebe cuidados em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital São Paulo, na capital paulista, em 17 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2021
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O Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmou um caso de hepatite medicamentosa provocado pelo polêmico "kit COVID", constituído por remédios sem eficácia comprovada que continuam sendo usados no Brasil contra a COVID-19.

Segundo informações fornecidas pela Unicamp ao Correio Braziliense, um homem de, aproximadamente, 50 anos, morador de Indaiatuba, no interior de São Paulo, contraiu a doença no fígado após usar, sob prescrição médica, medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, indicados apenas para outros tipos de enfermidades.

O paciente em questão seria um atleta e sem histórico de outras doenças. Ele começou a apresentar pele e olhos amarelados cerca de um mês depois de começar a fazer uso desses remédios, frequentemente presentes no chamado "tratamento precoce" contra a COVID-19, tratamento sem comprovação científica e apontado por especialistas como potencialmente perigoso. Ele foi diagnosticado com hepatite há três meses. 

​Além de as pesquisas apontarem que o tal kit não tem efeito de prevenção ou tratamento contra a doença provocada pelo novo coronavírus, diretores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais de referência disseram recentemente à BBC ter percebido que o uso indevido desses remédios têm aumentado o risco de morte no país.

Nesta quarta-feira (24), ao anunciar a criação de um comitê de combate à COVID-19, mais de um ano após o início do surto no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro, um dos maiores incentivadores do "tratamento precoce", voltou a tratar do assunto em Brasília, dizendo que "isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico tratar os infectados".

O Brasil soma, pelo menos, 298.676 óbitos provocados pela COVID-19 e 12.130.019 casos, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Atualmente, o país é o líder mundial em número de mortes diárias relacionadas à doença.

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