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Interior do Amazonas pode ficar sem oxigênio, alerta governo estadual

© Folhapress / Sandro PereiraParentes de pacientes internados em hospitais com COVID-19 fazem fila para recarregar cilindros de oxigênio na frente da empresa Nitron da Amazônia, no Distrito Industrial II de Manaus (AM)
Parentes de pacientes internados em hospitais com COVID-19 fazem fila para recarregar cilindros de oxigênio na frente da empresa Nitron da Amazônia, no Distrito Industrial II de Manaus (AM) - Sputnik Brasil
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O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou nesta quinta-feira (28) que os casos de COVID-19 estão aumentando no interior do estado, que precisará de mais oxigênio. 

No início de janeiro o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso com a alta de internações em função do coronavírus. Com isso, faltou oxigênio para os pacientes e muitos acabaram morrendo. 

Segundo relatório da Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Saúde sabia sobre a falta de oxigênio em Manaus desde 8 de janeiro, seis dias antes de o insumo se esgotar em vários hospitais.

Campêlo fez o alerta em audiência virtual na Câmara dos Deputados para discutir a situação da pandemia no Amazonas. Nas últimas semanas, mais pacientes morreram por falta de oxigênio no interior do estado, com recorde de internações e enterros. 

"Temos uma estimativa de que vamos precisar de mais oxigênio, porque no interior do Amazonas está crescendo a pandemia e o vírus está se espalhando de novo para o interior do Amazonas", afirmou Campêlo, segundo o portal G1. "Há uma preocupação grande porque a logística de oxigênio para o interior é mais complicada", acrescentou.

Volume de oxigênio

Para controlar a situação, alguns pacientes estão sendo transferidos para outros estados. Segundo o secretário, medidas alternativas, como a instalação de pequenas usinas de oxigênio, podem ser implementadas. 

Campêlo explicou que 580 pacientes estão na fila por leitos no Amazonas, enquanto 100 esperam vaga na UTI. A demanda por oxigênio no estado é hoje de 80 mil metros cúbicos diários, capacidade que deveria ser aumentada para 120 mil metros cúbicos, de acordo com o assessor especial do Ministério da Saúde, Ridauto Lúcio Fernandes.

"Para que nós tenhamos uma margem de segurança e possamos dar esse gargalo como removido, tenho que jogar essa quantidade de oxigênio em Manaus, tirá-la da casa dos 80 mil e jogá-la na casa dos 100, de preferência 120 mil metros cúbicos", calculou Fernandes.
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