No início de janeiro o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso com a alta de internações em função do coronavírus. Com isso, faltou oxigênio para os pacientes e muitos acabaram morrendo.
Segundo relatório da Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Saúde sabia sobre a falta de oxigênio em Manaus desde 8 de janeiro, seis dias antes de o insumo se esgotar em vários hospitais.
Campêlo fez o alerta em audiência virtual na Câmara dos Deputados para discutir a situação da pandemia no Amazonas. Nas últimas semanas, mais pacientes morreram por falta de oxigênio no interior do estado, com recorde de internações e enterros.
"Temos uma estimativa de que vamos precisar de mais oxigênio, porque no interior do Amazonas está crescendo a pandemia e o vírus está se espalhando de novo para o interior do Amazonas", afirmou Campêlo, segundo o portal G1. "Há uma preocupação grande porque a logística de oxigênio para o interior é mais complicada", acrescentou.
Volume de oxigênio
Para controlar a situação, alguns pacientes estão sendo transferidos para outros estados. Segundo o secretário, medidas alternativas, como a instalação de pequenas usinas de oxigênio, podem ser implementadas.
Campêlo explicou que 580 pacientes estão na fila por leitos no Amazonas, enquanto 100 esperam vaga na UTI. A demanda por oxigênio no estado é hoje de 80 mil metros cúbicos diários, capacidade que deveria ser aumentada para 120 mil metros cúbicos, de acordo com o assessor especial do Ministério da Saúde, Ridauto Lúcio Fernandes.
"Para que nós tenhamos uma margem de segurança e possamos dar esse gargalo como removido, tenho que jogar essa quantidade de oxigênio em Manaus, tirá-la da casa dos 80 mil e jogá-la na casa dos 100, de preferência 120 mil metros cúbicos", calculou Fernandes.