O Instituto Butantan, de São Paulo, avançou em testes para o desenvolvimento de um soro a partir do plasma de cavalos para tratamento de pacientes com a COVID-19.
Nesta semana, os pesquisadores realizarão os testes de eficácia nos animais e esperam que o resultado saia ainda antes do fim do mês para que, em seguida, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) possa autorizar o início do experimento em humanos.
A técnica utilizada é semelhante à da produção do soro antirrábico. A experiência anterior contribuiu e acelerou o desenvolvimento desta versão contra a COVID-19 em menos de um ano.
A diretora de Inovação do Butantan, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, afirmou ao jornal Agora que esta é uma tecnologia brasileira de mais de um século
"Até hoje não foi desenvolvido um antiviral específico para o coronavírus e o soro pode ser uma alternativa", disse ela, ressaltando que o processo de produção não é tão caro e já apresenta resultados positivos.

O Instituto Vital Brazil, do Rio de Janeiro, também está desenvolvendo um soro com o mesmo objetivo. A diferença entre as duas pesquisas está no modo como se utiliza o vírus inativado na produção do soro. Enquanto o Butantan o faz por radiação, o Vital Brazil usa a proteína S para estimular a resposta imune.
Os dois laboratórios confirmaram que o soro teve bons resultados nas fases de testes in vitro e em camundongos.
O desenvolvimento de soro para o tratamento da doença não é exclusividade do Brasil. Outros países, como Costa Rica, Argentina e México, também estão investindo nesta solução.
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