Conforme publicou neste domingo (22) o jornal O Estado de São Paulo, a estrada passaria pelo Parque Nacional da Serra do Divisor, área de maior biodiversidade na região. Além da área de proteção ambiental, há também três terras indígenas demarcadas no caminho – Nukini, Jaminawa do Igarapé Preto e Poyama. A terra de Poyama fica a apenas 1,5 km do traçado planejado.
Ainda segundo a publicação, o objetivo é criar uma rodovia de 152 quilômetros entre o município de Cruzeiro do Sul, no Acre, e a fronteira, ligando a rodovia à cidade peruana de Pucallpa. Um estudo sobre o projeto está sendo realizado pelo Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit), um órgão que tem ligação com o Ministério da Infraestrutura.

O projeto daria continuidade à BR-364 e serviria como ligação ao oceano Pacífico, ampliando a capacidade de escoamento de produção. O jornal aponta também que o Itamaraty está trabalhando para acelerar o projeto, mas que já existe uma rodovia com o mesmo objetivo na região, a Estrada do Pacífico, que parte da capital do Acre, Rio Branco.
A publicação aponta ainda que será necessário resolver o impacto contra as terras indígenas e obter licença ambiental para derrubar cerca de 130 quilômetros de área de mata virgem e cruzar dezenas de rios. Além disso, o status de área de proteção integral da Serra do Divisor proíbe qualquer obra na região. No Congresso há um projeto de lei voltado para transformar a região em uma área de preservação ambiental (APA) e facilitar obras como essa na região.
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