Desde que chegou ao Parlamento federal, em 1991, Bolsonaro já apresentou 171 projetos de lei, de lei complementar, de decreto de legislativo, e propostas de emenda à Constituição (PECs). Segundo especialistas ouvidos, é uma boa produção parlamentar para os padrões nacionais.
Contudo, apenas viraram lei uma proposta que estendia o benefício de isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens de informática, e outro que autorizava o uso da chamada “pílula do câncer” – a fosfoetanolamina sintética.
As duas propostas de Bolsonaro acolhidas pelos demais parlamentares são bem diferentes da pauta pró-militares e a favor da segurança pública que, em grande parte, justificam a sequência de mandatos consecutivos do capitão da reserva do Exército brasileiro.
Uma terceira iniciativa do deputado do PSC a ser aceita no Congresso foi uma emenda de 2015, que determina a impressão de votos das urnas eletrônicas. Bolsonaro é um dos parlamentares que mais questionou, ao longo dos anos, a lisura do processo eleitoral.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a impressão do voto nas urnas eletrônicas em todo o País deverá custar R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos nos próximos dez anos. Para ministros da Corte, a reprodução do voto em papel vai provocar uma série de transtornos a partir do ano que vem, como aumento nas filas e no número de equipamentos com defeitos.
Alheio à tal polêmica, Bolsonaro ainda busca um partido para se lançar candidato à Presidência da República no ano que vem. Potencial não lhe falta: o parlamentar apareceu bem nas pesquisas do Datafolha (16%) e do site Poder 360 (21%).
O que é certo é que, segundo o próprio deputado, ele não seguirá no PSC, tampouco que se candidatará a um novo mandato para a Câmara. Se não se viabilizar como cabeça de chapa, não está descartada a possibilidade de Bolsonaro integrar outra chapa – ele mesmo já falou sobre as chances de, por exemplo, compor uma candidatura com João Dória (PSDB).
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