Durante o ato, o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), o juiz federal Roberto Veloso repudiou o fato de que na calada da madrugada em um momento de luto no país pelo acidente com a delegação chapecoense, os deputados deram um duro golpe na democracia brasileira ao diminuir as garantias da Magistratura e do Ministério Público.
"É um grande ato contra o que o Congresso Nacional está fazendo, ao tentar criminalizar a atuação de juízes e procuradores. Eles estão querendo tirar a independência dos magistrados e dos promotores, que estão cada vez mais atuantes no combate à corrupção."
Os juízes e procuradores ainda se manifestaram contra alterações na Lei de Abuso de Autoridade, que está em discussão no Senado nesta quinta-feira (1). Para os organizadores do ato, a lei pode intimidar os trabalhos de investigação.
A manifestação na porta do Supremo foi organizada depois que a presidente do STF, Cármen Lúcia, agendou o julgamento da denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Ao final, a presidente do STF, ministra Cármem Lúcia, recebeu um manifesto das entidades presentes, uma "Carta Aberta da Magistratura e do Ministério Público contra a corrupção e a impunidade."
PROTESTO DE JUÍZES E PROMOTORES NO STF CONTRA PROPOSTA DO ABUSO DE AUTORIDADE. pic.twitter.com/6eR8ZADRID
— NaraRTT (@NTomazzon) 1 de dezembro de 2016
Juízes e procuradores federais também protestaram nesta quinta-feira (1) em Curitiba, contra as modificações realizadas no texto original do pacote de medicas contra a corrupção em frente ao prédio da Justiça Federal. O grupo critica que o projeto foi "desfigurado" em uma atitude "revanchista" dos deputados.
Durante as mobilizações, representantes das Comarcas e dos Foros leram um manifesto assinado pela Apamagis e pela APMP que elenca manobras de parlamentares a fim de enfraquecer o Poder Judiciário. "Parcela importante dos representantes do povo certamente se esqueceram de sua importante missão de legislar em nome do povo e em seu interesse, e se apressaram a instituir instrumentos para ceifar a atividade jurisdicional, ferindo profundamente os poderes instituídos pela Constituição Federal aos membros do Judiciário, do Ministério Público e das polícias", diz trecho do documento.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)