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Temer no Conselhão: crise só vai ser vencida se trocar 'ilusionismo pela lucidez'

© Marcos Corrêa/PRTemer durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social
Temer durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social - Sputnik Brasil
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Na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, nesta segunda-feira (21), o presidente Michel Temer criticou a gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff, dizendo que quando assumiu encontrou o país não só em um déficit fiscal, mas havia um 'déficit de verdade', ludibriando a real situação econômica do Brasil.

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O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, também chamado de 'Conselhão', é um órgão formado pela sociedade civil e tem a função de assessorar o presidente da República, em todas as áreas de atuação do Poder Executivo Federal.

Ao dar boas-vidas aos novos 59 dos 96 conselheiros, no primeiro encontro de Temer, como  presidente da República, ele ressaltou que muitas vezes, encarar a verdade da crise no país é difícil, é delicado é complicado, mas se você não encará-la, irá ludibriar a quem se serve.  Temer disse que no momento é preciso substituir o ilusionismo pela lucidez.

"Não há diálogo construtivo sem franqueza. No Brasil que nós encontramos, não havia apenas um déficit fiscal, havia também um certo déficit de verdade e não é possível continuar assim. A gigantesca crise que herdamos é em parte produto de reiteradas tentativas de disfarçar a realidade. Nós só faremos o Brasil crescer, substituindo o ilusionismo pela lucidez. Nosso primeiro passo, portanto, foi dar total transparência a situação financeira do Brasil."

Apostando na abertura diálogo e na união de esforços, Temer falou aos conselheiros que é preciso trabalhar juntos para antes de retomar o crescimento da economia e a geração de empregos, é preciso combater primeiro a recessão. "Porque antes do crescimento impõe-se vencer a recessão. Só após essa tarefa é que podemos começar a crescer e do crescimento retomar o emprego. São fases inafastáveis."

O presidente enalteceu o apoio do Congresso para a aprovação das medidas prioritárias do governo, como a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição, que estabelece um teto para os gastos públicos. A medida já passou pela Câmara dos Deputados e tramita no Senado.  Para concluir o ajuste fiscal, Temer disse que em dezembro vai enviar o texto da reforma da Previdência Social ao Congresso. 

O presidente ressaltou que, além do apoio do Congresso, também é importante ter o apoio da sociedade.

"Eu trago, como fruto da Democracia, um outro conceito que é o conceito de governabilidade, que significa o apoio da sociedade.  Você precisa ter o governo, que são os órgãos institucionais, precisa ter apoio político e precisa ter o apoio da sociedade."

Também presente na reunião, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles fez um balanço da atual situação econômica do Brasil para os conselheiros e ainda destacou as medidas que estão sendo realizadas para garantir a sustentabilidade do pais. "Em primeiro lugar é necessário otimizar a utilização dos recursos públicos. É necessário garantir que os programas de assistência social sejam direcionados somente para aqueles que realmente precisam, isso é fundamental. É necessário reformar a Previdência, e é necessário reduzir a rigidez do orçamento, desvincular e desindexar o gasto público. Hoje muitos desses gastos são indexados constitucionalmente, muitos deles indexados a receita tributária, isso garante um crescimento acima, muitas vezes, do PIB."

O próximo encontro do Conselhão está marcado para o dia 7 de março de 2017.

 

 

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