Esta é a convicção do economista Istvan Kasznar, da Fundação Getúlio Vargas, no Rio, para quem as Olimpíadas e Paralimpíadas devem servir de mote para que o Estado do Rio comece a pensar em sua recuperação econômica, investindo num dos seus recursos mais preciosos, o turismo, e fomentando o retorno de investimentos produtivos e industriais.
Falando à Sputnik Brasil, Istvan Kasznar explica que “as atuais dificuldades financeiras do Estado do Rio de Janeiro são o reflexo mais doloroso do que representaram, na década de 60, a mudança da Capital Federal para Brasília e o progressivo esvaziamento econômico e industrial de que o Estado do Rio foi vítima. Mais recentemente, a queda das cotações mundiais do petróleo e os novos critérios de distribuição nacional dos royalties do combustível contribuíram para agravar a crise. Portanto, alguma coisa de muito urgente precisa ser pensada e oferecida à comunidade mundial para que o Estado inicie sua recuperação”.
Sobre a decretação do estado de calamidade pública feita pelo governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, Istvan Kasznar comenta que “nesse momento complexo dá para entender perfeitamente”:
“Ele [Francisco Dornelles] quer, no fundo, defender as Olimpíadas, que são eventos de ordem internacional. Então, está muito bem justificado. Temos que pensar que temos duas demandas: uma é a imediatista, dispor de verbas de aproximadamente R$ 2,9 bilhões para poder pagar as Olimpíadas, financiar o que é necessário para que obras funcionem bem, como a Linha 4 do Metrô, que vai até a Barra da Tijuca, onde ocorrerá grande parte desses Jogos Olímpicos a partir de 5 de agosto. Todavia, não é o suficiente dispor dessa verba, porque há uma diferença entre R$ 6,1 a 6,2 bilhões mensais de gastos, e algo na faixa de R$ 5 para 4,9 bilhões de receitas, que ainda estão em descendência, dada a depressão econômica do Rio de Janeiro e até a recessão econômica brutal do Brasil.”
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)