Otaviano Canuto será substituído no FMI por Alexandre Tombini, ex-diretor-presidente do Banco Central brasileiro, que cedeu seu posto para Ilan Goldfajn, ex-diretor do Banco Central e, até a sua nomeação para o BC, economista-chefe do grupo Itaú-Unibanco.
Ao falar sobre as mudanças, Otaviano Canuto diz que, de fato, está retornando ao Banco Mundial, já que trabalhou naquela instituição entre os anos de 2004 e 2007, como diretor-executivo. Depois, foi para o BID como vice-presidente, até 2013, voltou para o Banco Mundial também como vice-presidente e em 2015 foi indicado pelo então ministro da Fazenda, Joaquim Levy (hoje, também no Banco Mundial, em Washington) para o Fundo Monetário Internacional.
De acordo com Otaviano Canuto, sua terceira passagem pelo Banco Mundial se deve a um pedido do atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles:
“O ministro me disse que eu deveria utilizar minha experiência de 360 graus no Banco Mundial para auxiliar o Brasil no relacionamento com a entidade e com outros países, e também me informou que Alexandre Tombini assumirá as funções que exerci no Fundo Monetário Internacional. Tombini trabalhou no FMI antes de ser chamado a Brasília para trabalhar no Banco Central. Outra mudança que ocorrerá entre os economistas brasileiros que trabalham em Washington será o deslocamento de Antônio Henrique Silveira do Banco Mundial para o BID. Acho que o time ficou perfeito, e eu me sinto muito honrado de estar sendo lembrado para exercer estas funções.”
Otaviano Canuto deverá reassumir suas atribuições no Banco Mundial em 1 de julho, mas durante todo próximo mês irá acumular as atividades no BIRD com as do Fundo Monetário Internacional. A dedicação exclusiva ao Banco Mundial só se dará a partir de 1 de agosto.
Em relação às mudanças no Banco Central e ao anúncio pelo seu novo presidente, Ilan Goldfajn, de que sua atuação estará assentada sobre o chamado tripé econômico – câmbio flutuante, política de juros e superávit primário, de forma a reduzir a dívida pública —, Otaviano Canuto diz que esta é uma decisão correta:
“De certa forma, o Dr. Ilan Goldfjan está dizendo que dará continuidade à filosofia de trabalho de Alexandre Tombini, com quem tenho e sempre tive excelente entrosamento. O caminho é este mesmo, pois o Dr. Goldfajn, como economista consciente e experiente que é, sabe o bem que representou para o Brasil a observância do tripé econômico. Então, eu entendo que ele começa muito bem à frente do Banco Central ao anunciar sua política, que compreende metas de inflação.”
Assim como seus antecessores Otaviano Canuto e Paulo Nogueira Batista Jr. (hoje vice-presidente para o Brasil no Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos BRICS), Alexandre Tombini representará o Brasil e mais os seguintes 10 países no Fundo Monetário Internacional: Cabo Verde, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, Suriname, Timor Leste e Trinidad e Tobago.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)