Durante a sabatina, o economista, que vai substituir Alexandre Tombini, destacou como um dos focos de trabalho o controle da inflação, se propondo a atingir a meta da inflação de 4,5% ano. No ano passado o índice ficou em 10,6%, acima do limite superior da meta estabelecido em 6,5%.
“Retribuirei a confiança em mim depositada atingindo a meta de inflação, e assim contribuindo para a recuperação do crescimento econômico sustentável e para o progresso social do país, com benefício para todas as camadas sociais, especialmente as menos favorecidas, que sofrem mais com a perda do poder de compra da moeda. O nosso objetivo será cumprir plenamente a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional mirando o seu ponto central. Os limites de tolerância estabelecidos servem para acomodar choques inesperados na inflação, que não permitam a volta ao centro da meta em tempo hábil.”
O economista ainda defendeu a responsabilidade fiscal e o câmbio flutuante como parte de um tripé fundamental para resgatar a economia brasileira.
“Um dos fatores que está levando à recessão, é que o investimento tem caído a dez trimestres seguidos. Isso tem a ver com incerteza, com a incapacidade de quem tem que investir e olhar o futuro. A volta do crescimento em 2017, ou até mesmo no final deste ano, eu diria que é factível, mas vai ter que vir com medidas concretas, com implementação das reformas, com a aprovação das reformas no Senado.”
Ilan Goldfajn falou ainda sobre a importância da autonomia do Banco Central, para garantir a solidez do sistema financeiro brasileiro supervisionado pela instituição. A medida já está incluída em uma Proposta de Emenda à Constituição, que o governo já anunciou que pretende enviar para o Congresso. “Não se trata de ambição ou desejo pessoal, mas de medida que beneficia a sociedade, mediante a redução das expectativas de inflação, da queda do risco no país e da melhora da confiança.”
O economista já foi diretor de política econômica do Banco Central entre os anos de 2000 e 2003, e atualmente ocupava o cargo de economista chefe de um grande banco privado, o que foi tema de críticas por parte da oposição. Durante a votação, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anunciou voto contrário da bancada à indicação do economista para presidência do Banco Central. Lindbergh não é a favor da substituição na presidência da instituição durante um governo interino.
O senador ainda ressaltou que há conflito de interesse, já que Goldfajn é sócio do Itaú Unibanco. O economista rebateu as críticas dizendo que já não tem mais ligações com o antigo empregador, sem ver mais existência de conflito. “Será que permanece algum conflito a partir daí. Eu acredito que não. É só olhar o mundo todo, e olhar o Brasil no presente e no passado. Eu acredito que é extremamente rico o setor público fazer uso da experiência, vivência e conhecimento de atores do setor privado.”
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