As declarações do comandante do Exército foram dadas durante simpósio jurídico no Comando Militar da Amazônia, segundo o jornal “A Crítica”, que acompanhou a palestra.
“Eu acho lamentável que, num país democrático como o Brasil, as pessoas só encontrem nas Forças Armadas uma possibilidade de solução para a crise. Mas isto não é extensivo nem generalizado, e, felizmente, está diminuindo bastante a demanda por intervenção militar.”
Indagado sobre se haveria paralelo entre o clima político de 1964 com o de hoje, Villas Bôas disse não ver semelhança.
“Não há paralelo com 1964. Primeiro porque hoje não temos o fator ideológico. Naquela época, vivíamos a Guerra Fria, e a sociedade brasileira cometeu o erro de permitir que essa linha de fratura a dividisse. Isso não existe mais. O segundo aspecto é que hoje o Brasil tem instituições sólidas e amadurecidas com capacidade de encontrar os caminhos para a saída da crise.”
Segundo o comandante do Exército, as razões da atual crise são de natureza política, econômica e ética. O General Villas Bôas atribui os apelos para a interferência dos militares justamente à imagem que as Forças Armadas têm junto à população no tocante à manutenção de valores éticos, morais e de padrão de eficiência “dos quais a sociedade está tão carente”. O comandante disse ainda que a rotina dos quartéis não se alterou e que a tropa prossegue naturalmente com suas atividades.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)