O Irã tinha libertado todos os 20 membros da tripulação do navio, exceto o capitão, em fevereiro, depois que um vice-ministro das Relações Exteriores sul-coreano visitou Teerã.
O representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul disse aos jornalistas que os dois lados concordaram que o petroleiro e os fundos congelados devido às sanções dos EUA não são questões relacionadas. A Coreia do Sul prometeu ajudar a liberar o dinheiro.
"Expressamos nossa firme vontade de resolver a questão dos fundos", informou à Reuters um funcionário sul-coreano, que se recusou a ser identificado.
Se trata de US$ 7 bilhões (R$ 39 bilhões) em fundos congelados em bancos sul-coreanos devido às sanções dos EUA impostas ao Irã.
A chancelaria sul-coreana informou agora em comunicado que o navio tinha deixado o Irã após o fim dos procedimentos administrativos. Não fez qualquer menção ao pedido de liberação dos fundos congelados.
"O capitão e os marinheiros estão de boa saúde", afirmou o Ministério das Relações Exteriores, citado pela Reuters.
A Coreia do Sul disse que o navio não causou qualquer poluição. O funcionário do ministério afirmou que o Irã abandonou um plano para buscar acusações criminais contra a companhia de navegação.
Disputa diplomática
As autoridades iranianas tinham apreendido o petroleiro no estreito de Ormuz, ao largo da costa de Omã, em janeiro. Na ocasião, o Irã acusou a embarcação de poluir as águas com produtos químicos.
O Irã negou as alegações de que a apreensão do navio-tanque e sua tripulação constituía uma tomada de reféns, dizendo que era a Coreia do Sul que mantinha os fundos iranianos como reféns.
A questão desencadeou uma disputa diplomática depois que o Irã exigiu que a Coreia do Sul libertasse os fundos congelados em bancos sul-coreanos.
O congelamento dos fundos está ligado às sanções norte-americanas impostas a Teerã em 2018 após os EUA terem deixado unilateralmente o acordo nuclear iraniano de 2015.
Recentemente, os Estados Unidos concordaram em permitir que o Irã use os fundos para fins não militares. O país gastou uma parte do dinheiro liberado para pagamento de vacinas via COVAX, de acordo com o oficial do ministério, sem revelar o valor exato.
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