China promete 'ataque resoluto' após EUA reforçarem apoio a Taiwan

© REUTERS / Ringo ChiuPresidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, durante discurso proferido em Los Angeles, na Califórnia (foto de arquivo)
Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, durante discurso proferido em Los Angeles, na Califórnia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, sancionou lei que reforça o apoio internacional dos EUA a Taiwan. A China declarou que irá reagir, caso a lei seja implementada.

A China não reconhece a independência de Taiwan, considerada por Pequim uma "província rebelde" e um dos mais sensíveis assuntos das relações bilaterais com os EUA.

Os EUA, assim como a grande maioria da comunidade internacional, não mantêm relações diplomáticas oficiais com Taiwan, mas oferecem auxílio militar e apoio político em diversas ocasiões.

A nova lei, intitulada Iniciativa de reforço da Proteção Internacional dos Aliados de Taiwan (TAIPEI, na sigla em inglês), sancionada por Trump na quinta-feira (26), contou com apoio de ambos os partidos no parlamento dos EUA.

A medida solicita que os EUA reforcem o relacionamento com Taiwan e tome medidas contra países que "prejudiquem a segurança e prosperidade" da ilha.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, agradeceu à iniciativa nas redes sociais, postando uma foto da bandeira da ilha ao lado da norte-americana com a insígnia "Amigos na liberdade, parceiros na prosperidade".

'Ataque resoluto'

A China, por sua vez, retomou a realização de manobras militares próximas à ilha, apesar da pandemia de coronavírus.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, declarou que a nova lei norte-americana viola o direito internacional, além de ser uma intervenção grave nos assuntos internos da China.

Além disso, Shuang notou que a lei infringe o direito soberano de nações terceiras de aprofundar suas relações com Pequim.

"Instamos os EUA a corrigir os seus erros, não implementar essa lei ou obstruir o desenvolvimento das relações entre países terceiros e a China. Caso contrário, [os EUA] serão alvo de um ataque resoluto por parte da China", alertou o porta-voz.

Um dos autores do projeto de lei, senador Cory Gardner, disse que o ato é necessário para proteger Taiwan da alegada pressão que sofre pela China, reportou a Reuters.

"Essa legislação bipartidária demanda engajamento de toda a máquina do governo pra reforçar o nosso apoio a Taiwan e mandar uma mensagem forte de que haverá consequências para países que apoiarem ações chinesas que visem prejudicar Taiwan", disse o senador.

Taiwan mantém relações diplomáticas com 15 países, quase todos de pequeno porte, como Nauru, Belize e Honduras.

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