Quem pode satisfazer os ambiciosos planos chineses na área do gás natural?

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A presidente do conselho de administração da Beijing Gas Group, Yalan Li, prevê que a demanda de gás natural na China aumente 14% neste ano.

O crescimento da demanda de gás na China está relacionado com os planos do governo chinês de limitar a utilização do carvão e de passar para fontes de energia limpa, a fim de melhorar a situação ecológica do país.

As autoridades chinesas esperam que a potência total das centrais elétricas que utilizam o carvão não supere os 1.100 gigawatts em 2020.

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Atualmente, a cota-parte do carvão no balanço energético do país constitui cerca de 70%, no entanto, a Agência Internacional de Energia prevê que esta porcentagem diminua para cerca de 50% nos próximos 20 anos.

Segundo Yalan Li, atualmente, a utilização de gás é mais benéfica para os consumidores. Recentemente, o governo chinês reduziu o imposto sobre o valor agregado para apoiar o desenvolvimento da economia.

Com isso, é esperado que os preços do combustível azul sejam reduzidos para os usuários industriais e comerciais. Desta forma, o crescimento da demanda de gás no país será estável futuramente.

Conforme o prognóstico da S&P Global Platts, as compras de gás por parte da China aumentarão em 150 bilhões de metros cúbicos em 2025.

Por sua vez, a Rússia está disposta a satisfazer as crescentes necessidades do país asiático, ressaltando que a China irá em breve passar a usar o combustível do gasoduto Sila Sibiri (Poder da Sibéria).

O presidente da Gazprom, Aleksei Miller, declarou que o abastecimento de gás na China através deste gasoduto começará no dia 1° de dezembro de 2019, ou seja, antes do previsto.

O diretor do Centro de Investigações da Rússia e Ásia Central da Universidade de Petróleo da China, Pan Changwei, considera que, no primeiro ano, o volume de abastecimento chegará aos 5 bilhões de metros cúbicos e, em cinco anos, deverá atingir 30 bilhões de metros cúbicos.

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Além disso, em breve as partes começarão a negociar a construção do gasoduto Altai, que poderá fornecer um volume de 60 bilhões de metros cúbicos de gás em 2030.

"O projeto Yamal SPG está sendo realizado. Nós incrementamos as importações de gás natural liquefeito. Adquirimos também gás encanado da Ásia Central. Em longo prazo, nos próximos 25 anos, daremos maior preferência ao gás encanado, fazendo com que seus abastecimentos sejam estáveis. No entanto, posteriormente, a China terá de mudar a estrutura de consumo de recursos energéticos e utilizar fontes de energia limpas. […] Em curto prazo, o crescimento da demanda de 14 ou 15% poderá ser coberto com a ajuda de importações de GNL", afirmou o especialista.

A fábrica de liquefação de gás Yamal SPG, situada no norte da Sibéria, conta com uma potência total de 16,5 milhões de toneladas anuais. Os principais acionistas da Yamal SPG são a empresa russa Novatek com 50,1% das ações, a francesa Total com 20%, a chinesa CNPC com 20% e o Fundo da Rota da Seda com 9,9%.

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