Exercícios militares com os EUA vão continuar, diz presidente sul-coreano

© AFP 2023 / KIM JAE-HWANThis file photo taken on December 18, 2012 shows South Korea's presidential candidate Moon Jae-In of the opposition Democratic United Party speaking during a press conference at the party head office in Seoul.
This file photo taken on December 18, 2012 shows South Korea's presidential candidate Moon Jae-In of the opposition Democratic United Party speaking during a press conference at the party head office in Seoul. - Sputnik Brasil
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O presidente sul-coreano Moon Jae-in informou nesta quarta-feira, às vésperas do encontro com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que os exercícios militares entre os dois países vão continuar, contrariando o desejo da Coreia do Norte.

Segundo Moon, a diminuição ou fim dos exercícios não são uma opção neste momento, mas poderão ser considerados se Pyongyang der sinais irreversíveis e verificáveis que indiquem o caminho da desnuclearização da Península Coreana.

“Em primeiro lugar, a posição oficial que temos é que o congelamento nuclear da Coreia do Norte e a redução de exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos não podem ser vinculados”, afirmou Moon, em declaração reproduzida pela agência Yonhap.

A passagem do presidente sul-coreano veio depois de um dos seus assessores ter dito que Seul e Washington poderiam diminuir os exercícios militares, caso o regime norte-coreano congelasse o seu programa nuclear.

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O presidente da Coreia do Sul já viu o vizinho do norte conduzir cinco testes balísticos desde que assumiu a presidência, o que reforça a sua posição de não fazer concessões. “Eu acredito que a noção de que não devemos recompensar o mau comportamento é um princípio que devemos defender”.

Moon ressaltou que ainda acredita em uma saída diplomática, porém reconheceu que não seria nada fácil.

“A solução mais ideal seria desnuclearizar completamente a Coreia do Norte em um acordo único. Mas, de forma mais realista, acredito que tal acordo não será fácil. Acredito (que o Norte) deve pelo menos prometer um congelamento nuclear para que possamos começar a tomar medidas sérias (discussões) por sua desnuclearização. Nesse sentido, seu congelamento nuclear será a entrada e o desmantelamento nuclear da saída”, pontuou.

Pyongyang já fez promessas de congelamento do seu programa nuclear no passado, mas sempre acabou quebrando os acordos. Além disso, o regime de Kim Jong-un considera o fim dos exercícios entre norte-americanos e sul-coreanos uma questão fundamental para dialogar com os dois países, exigindo ainda que Seul “não se intrometa” no tema nuclear.

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