Segundo o analista, as sanções contra Pyongyang não resultam em nada, apenas endurecem o regime norte-coreano, que cada dia fica mais agressivo, em relação aos seus adversários.
"A introdução de sanções para supostamente fazer com que as autoridades norte-coreanas mudem de ideia é um passo fantasticamente ingênuo e hipócrita. As sanções castigam e afetam na sua maioria o povo comum e o próprio esquema, pelo visto, satisfaz apenas seus iniciadores", destacou Toloraya.
Ele explica que a ideia inicial era pressionar o país com sanções para que assim ele se redimisse, permitindo a derrubada do regime abominável. Além disso, as sanções eram destinadas a obstaculizar o desenvolvimento do programa nuclear. Até então, nada aconteceu, sublinha Toloraya, e a Coreia do Norte continua avançando suas tecnologias nucleares.
"Existe apenas uma medida disponível [para influenciar Pyongyang], são as negociações. Se os EUA iniciarem o diálogo direto com Coreia do Norte sobre suas relações, muita coisa poderia ser resolvida. Mas os norte-americanos não querem fazê-lo, pois preferem apostar na comunidade internacional", afirma o especialista do Clube de Valdai.
O apoio prestado pela China a Pyongyang provoca atritos entre Pequim e Washington. A China sabe muito bem que as restrições nunca vão fazer Coreia do Norte desistir da sua atividade nuclear. Mas Pequim tem que fingir dar ouvidos às vontades dos EUA, mesmo que contradigam os seus interesses nacionais, opina Toloraya.
No que diz respeito à guerra, o especialista nega a possibilidade de um conflito militar. O futuro da região será marcado por uma crise sem resolução. O compromisso será o seguinte: a suspensão do programa nuclear norte-coreano em troca de alguns passos dos rivais — EUA e Coreia do Sul. Seul é a favor de uma busca de compromisso."Falta apenas convencer Trump. Muito provável que isto nunca vá acontecer e a crise permanecerá nem em estado de guerra, nem em estado de paz", resumiu Georgy Toloraya.
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