O ex-presidente Barack Obama promoveu ao lado do líder Raúl Castro uma aproximação diplomática e política entre as duas nações. No entanto, o atual presidente americano, Donald Trump, vem endurecendo o embargo contra Cuba, que tinha sido aliviado na gestão passada.
"Eu me descreveria como extremamente otimista. Há uma tendência histórica irreversível", afirmou Rodríguez em entrevista concedida para a agência AP.
Segundo o chanceler, mesmo que a administração Trump tenha cortado a comunicação com a ilha e pressione o governo cubano com restrições ao comércio de petróleo para o país, os avanços alcançados na época de Obama não podem ser desfeitos.
Para Rodríguez, as relações entre Cuba e EUA não voltarão ao nível anterior a dezembro de 2014, quando Obama e Castro anunciaram que as duas nações iriam restabelecer relações diplomáticas, o que foi efetivado em julho de 2017 ao Cuba reabrir sua embaixada em Washington. Em 14 de agosto de 2015, foi a vez da embaixada americana em Havana ser reaberta oficialmente.
'Comunidade cubana da Flórida apoia normalização das relações'
"Tem havido níveis de comunicação e mútua familiaridade entre os povos dos dois países que é irreversível", afirmou o ministro.
Apesar disso, ele disse que Cuba está preparado para uma piora no diálogo durante a campanha presidencial nos EUA, pois, segundo o chanceler, Trump acredita que pode ganhar o apoio da comunidade cubana da Flórida ao endurecer as atitudes com o governo socialista. Para Rodríguez, no entanto, a crença é um "erro politico".
"Eu acredito que está provado que a maioria dos Cubanos na Flórida apoiam um avanço na normalização das relações e um alívio do bloqueio, e quanto mais jovens são, mais apoiam isso", disse.
O chanceler também afirmou que Cuba vem tentando encontrar maneiras de comprar petróleo, apesar das tentativas contrárias do governo americano. Os EUA aplicaram sanções sobre embarcações que transportam o produto da Venezuela para Cuba. A medida, além de pressionar Cuba, busca diminuir as exportações venezuelanas e estrangular o governo de Nicolás Maduro.
Em fevereiro de 2016, Estados Unidos e Cuba assinaram acordo autorizando a retomada de uma série de voos diários entre os países. Em 2017, no entanto, Trump impôs uma série de restrições para americanos viajarem para a ilha.
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