Importações norte-americanas de petróleo venezuelano estão no nível zero por 3 semanas consecutivas

© AP Photo / El Nuevo Dia / Omar PerezBarco-patrulha venezuelano passa pelo petroleiro Kim Jacob carregando 1 milhão de barris de petróleo bruto no estado oriental de Anzoátegui, na Venezuela
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A crise política na Venezuela tem se agravado desde o início deste ano, quando o líder da oposição Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino do país.

Caracas tem acusado Washington de tentar orquestrar um golpe de Estado para assumir o controle dos vastos recursos energéticos que o país latino-americano possui.

As importações norte-americanas de petróleo venezuelano estão no nível zero já há 3 semanas consecutivas, segundo dados do relatório semanal da Agência de Informação Energética.

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O relatório nota como comparação que, no período homólogo do ano passado, os EUA importavam 663.000 barris de petróleo da Venezuela por dia.

Esta já é a terceira paragem absoluta desde janeiro. Em março, os EUA suspenderam todas as importações de petróleo venezuelano por um período de 3 semanas. No mês de maio, as importações estiveram no nível zero por 2 semanas.

Washington introduziu sanções contra a empresa petrolífera estatal da Venezuela PDVSA no fim de janeiro deste ano, se apoderando de ativos da empresa no estrangeiro no valor de cerca US$ 7 biliões, incluindo uma rede de postos de gás da empresa filial Citgo.

O Departamento do Tesouro dos EUA proibiu as empresas norte-americanas de fazerem negócios com a estatal venezuelana sob pena de sanções adicionais.

Washington criou também um fundo de reserva para financiar a oposição com o dinheiro apreendido da empresa estatal PDVSA.

Recentemente, o presidente venezuelano acusou a oposição de ter roubado as receitas provenientes do petróleo que pertencem ao povo venezuelano.

As sanções e, na prática, o embargo tiveram forte impacto nas exportações de petróleo venezuelano, e levaram Caracas a procurar mercados alternativos e a assinar acordos de cooperação com outros países.

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No início do ano, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC, na sigla em inglês), as exportações de petróleo da Venezuela caíram de 1,4 milhões de barris por dia, antes de os EUA terem imposto as sanções em janeiro, para 800.000 barris por dia em abril.

Na semana passada, o ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, disse que a empresa estatal PDVSA irá abrir um escritório em Moscou no fim deste mês.

A Venezuela possui uma das maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, com cerca de 90% das receitas do país a serem provenientes da venda deste combustível.

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