Rede social na mira: Marinha dos EUA se interessa em arquivar 350 bilhões de posts

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A Marinha dos Estados Unidos está planejando criar um arquivo para armazenar no mínimo 350 bilhões de postagens de rede social como parte de "iniciativas de pesquisa" sobre "formas de expressão". Dados devem ser coletados de 200 milhões de internautas de 100 países.

O Departamento da Marinha dos EUA publicou uma solicitação para contratantes para fazerem parte de um projeto de recolha de 350 bilhões de postagens de um período entre 2014 e 2016. Dados seriam recolhidos de uma única rede social, mas a solicitação não especifica de qual.

"Nós procuramos criar um grandioso arquivo histórico de dados de mídia social, provendo todo o texto de todas as postagens públicas de rede social, por todos os países e idiomas cobertos pela plataforma de rede social."

A Marinha diz que o arquivo será usado em "contínuas iniciativas de pesquisa" sobre a "evolução de comunidades linguísticas" e "surgimento de formas de expressão coletiva, ao longo do tempo e pelos países".

De acordo com a ideia da Marinha norte-americana, "comunicações privadas ou dados privados de usuários" não serão arquivados.

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Cada publicação arquivada contaria com especificação da data em que foi postada e quem a postou. Além disso, cada ponto de arquivo deve conter todos os meta-dados disponíveis publicamente, incluindo país, idioma, hashtags, localização, nome do usuário, marcação horária e URL ligados à postagem original.

Os dados seriam coletados de pelo menos 200 milhões de internautas de 100 países, que entrariam no arquivamento com não mais de 30% dos usuários, especifica a solicitação.

Embora esses propósitos pareçam benignos, o governo dos EUA antes se mostrou interessado em recolher dados de redes sociais. No ano passado, o Departamento de Segurança Interna dos EUA publicou anúncio propondo criação de um banco de dados para monitorar 290 mil fontes globais de notícias em mais de 100 idiomas. A iniciativa também mencionava a capacidade de manter o controle sobre "influenciadores", fazendo com que surgissem especulações de que a proposta poderia ser usada para monitorar jornalistas.

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