"O imperialismo mundial está em sua fase final de agonia e a guerra é a sua política. Aqui estão suas últimas reservas de recursos naturais, seu último espaço de colonização, seu último espaço vital na perspectiva de domínio, sendo nesta óptica que devemos explicar a agressividade e a guerra em todas as suas formas contra a Venezuela", disse Oscar Barrantes à Sputnik.
Para o analista, a Venezuela é vítima de uma "guerra híbrida" promovida pelos EUA e que tem o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Grupo de Lima.
"É uma guerra não convencional em termos de utilização de uma guerra psicológica, mediática, no campo diplomático, assédio político através da OEA e do Grupo de Lima e tentativas constantes de desvirtuar a legitimidade dos processos eleitorais", afirmou ele, acrescentando que isso parece "uma guerra híbrida multifacetada realizada em diferentes flancos".
Oscar Barrantes questiona a "absolutização" da via eleitoral por parte dos governos progressistas da região, que caíram "na armadilha do marketing eleitoral".
Em meio a isso, Barrantes assegurou que há de fazer uma "separação indiscutível" entre "a revolução bolivariana" na Venezuela e os governos de esquerda, as forças que estiveram à frente do poder executivo na Argentina, Brasil, Equador, Uruguai durante os primeiros anos desse século.
"Além de se ter abandonado a luta, foram abandonados os métodos fundamentais de luta popular, como a crítica orgânica necessária, a autocrítica; isso não é uma atitude de deslealdade, pelo contrário, fortalece a unidade. Claro que a crítica tem que ser orgânica e não um ataque virulento na perspectiva da burguesia ou do imperialismo, é uma abordagem para dar um salto qualitativo", explicou o político.
"Acreditamos que parte da grande fraqueza desses processos e por que eles acabam cedendo às campanhas do imperialismo, aos processos eleitorais do marketing eleitoral, é precisamente porque foi perdido o apoio dos mais humildes", continuou Barrantes.
O político, que integra o movimento "Mãos Fora da Venezuela", diz que neste cenário torna-se "central" definir a "transcendência" da revolução bolivariana na Venezuela.
Em 30 de abril, o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, lançou a chamada Operação Liberdade para retirar Nicolás Maduro do poder. Em um vídeo publicado no Twitter, Guaidó aparece ao lado de militares e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e foi libertado pelos rebeldes, na base aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó pediu uma "luta não violenta", disse ter os militares do seu lado e afirmou que "o momento é agora".
Maduro, por sua vez, afirmou que os principais comandantes militares mantêm a lealdade ao seu governo e pediu a "máxima mobilização popular para assegurar a vitória da paz".
A opinião do entrevistado pode não coincidir com a opinião da redação
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