Em um artigo publicado no site da rede americana CNN, Rubio afirmou que a presença de Bolsonaro na Presidência brasileira marca uma nova era na política brasileira, após os "governos esquerdistas e antiamericanos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff", permitindo uma "oportunidade histórica" para aproximar os dois países.
"Um Brasil forte, vibrante e democrático, mais estreitamente alinhado com os EUA como parceiro estratégico, pode ser um multiplicador de forças para enfrentar a crise atual na Venezuela (onde a governança se deteriorou e a corrupção generalizada) e para combater as más intenções de regimes autoritários como China, Rússia e Irã, que pretendem expandir sua presença e atividades na América Latina", escreveu Rubio.
O senador, que foi derrotado por Trump nas prévias do Partido Republicano em 2016, destacou que a Casa Branca deve agir de maneira rápida para "reforçar nossos laços de defesa e inteligência, aumentar o investimento no comércio, cooperação no setor de energia, apoiar a ascensão do Brasil à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ampliando o acesso dos EUA à indústria espacial brasileira e a cooperação adicional contra o terrorismo e as redes criminosas transnacionais".
Rubio relembrou que a conhecida falta de apoio dos EUA à entrada do Brasil na OCDE se deu "por causa do desejo de lideranças brasileiras passadas de se alinharem mais de perto com o mundo em desenvolvimento e de apoiar políticas contrárias aos princípios centrais" da organização, algo que mudou com o governo Bolsonaro.
O republicano demonstrou grande interesse na base espacial de Alcântara, no Maranhão. Sem citar o local, Rubio explicou que o Brasil pode ser "um novo parceiro para melhorar nossas capacidades espaciais e expandir nossa cooperação espacial".
"Em agosto, os Estados Unidos e o Brasil assinaram um acordo de Conscientização Situacional Espacial, que permitirá uma maior conscientização sobre as operações de cada nação no espaço. Isso é particularmente útil porque o Brasil procura aumentar sua presença no mercado de lançamento de pequenos satélites", ponderou.
"O Brasil promulgou leis para proteger a propriedade intelectual estrangeira e sua localização geográfica oferece um potencial para o lançamento espacial. Se for bem executada, uma parceria mais próxima entre empresas brasileiras e norte-americanas, como a Boeing e a Embraer, trará benefícios para ambas as nações", acrescentou.
Venezuela
Rubio ainda mencionou que Bolsonaro pode ajudar a administração Trump e lidar com a Venezuela e com seu presidente, Nicolás Maduro. O senador defendeu investimentos estadunidenses em solo brasileiro em setores como o de energia, o que ajudaria a "afastar os pequenos países de sua dependência do petróleo venezuelano, o que ajuda a criar dependência do regime do presidente venezuelano Nicolas Maduro, um patrocinador estatal do narcotráfico".
"Os Estados Unidos também devem estar preparados para oferecer maior apoio ao Brasil para ajudar a administrar a crise humanitária resultante das centenas de milhares de venezuelanos que fugiram para o Brasil", destacou.
Por fim, o parlamentar teve tempo ainda para criticar Rússia e China, países que, segundo ele, "buscam apoiar ditadores e apoiar líderes autoritários como aqueles na Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela".
"Embora a relação econômica do Brasil com a China tenha sido importante para seu crescimento, os valores culturais e democráticos do Brasil estão naturalmente muito mais alinhados com os EUA. Juntos, os EUA e o Brasil têm uma oportunidade histórica de melhorar nossas relações comerciais e economias, enquanto também lidam com os reveses dos inimigos à democracia — China, Irã e Rússia — que buscam apoiar ditadores e apoiar líderes autoritários como aqueles na Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela", sentenciou.
Reprisando muito do que vem dizendo nos últimos meses o chanceler brasileiro Ernesto Araújo, Rubio concluiu sua retórica dizendo que a estabilidade do Ocidente passa pelos EUA, e pode integrar também o Brasil na era Bolsonaro.
"A nova administração do Presidente Bolsonaro oferece uma nova oportunidade para construir uma parceria EUA-Brasil mais forte para garantir a continuidade da paz e a expansão da prosperidade e estabilidade para o Hemisfério Ocidental. Os Estados Unidos devem aproveitar esta oportunidade", finalizou.
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