"O neoliberalismo voltou e é um desastre completo", disse Correa, que conduziu uma entrevista para a RT. "O experimento falhou, mas seus defensores acreditam que precisamos das mesmas medidas, mas implementadas mais e mais rapidamente".
"O que fizemos de errado? Fomos complacentes demais?", perguntou Correa, que liderou seu país por uma década até o ano passado.
Para Kirchner, a esquerda não soube entender como as pessoas pensam hoje, quais são as suas necessidades, ao contrário dos seus oponentes.
"Acredito que não conseguimos vencer a batalha pela cultura, ou melhor, a psicologia. Neoliberalismo, notícias falsas, mídias sociais — todos os nossos oponentes desenvolveram uma compreensão de como as pessoas pensam", disse a ex-presidente da Argentina, que cumpriu seu limite de dois mandatos, antes de deixar o cargo em 2015.
"Eles conseguiram convencer grandes segmentos de nossa sociedade que suas conquistas se reduzem apenas a seus esforços individuais. Que todo progresso pessoal é divorciado da política", continuou.
Apesar de estar prejudicada por problemas legais, Kirchner ainda lidera a principal oposição de esquerda, na esperança de desafiar o presidente de centro-direita Mauricio Macri, que estará concorrendo à reeleição no ano que vem.
Enquanto isso, apesar de liderar o Equador para o crescimento do PIB e reduzir a desigualdade econômica, Correa não se apresentou para um novo mandato no ano passado, e desde então rompeu com seu sucessor, Lênin Moreno, a quem ele acusa de "traição" por suas tentativas de compor com a elite empresarial.
Além disso, com a legislação recente restabelecendo limites de mandato, Correa não pode mais candidatar-se à presidência do Equador e, desde fevereiro, ele possui seu próprio programa na RT.
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